O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS, EM ALEITAMENTO, AVALIADAS POR MEIO DO DENVER II QUE VIVEM EM UMA COMUNIDADE CARENTE

Resumo

O desenvolvimento da criança transcorre por etapas ou fases, que correspondem a determinados períodos do crescimento e da vida, em geral. Cada uma desses períodos tem suas próprias características e ritmos. Apesar do crescimento e desenvolvimento serem dois processos distintos, existe uma interação entre eles uma vez que cada mudança qualitativa implica em novas funções que requerem novas estruturas físicas e mais complexas. Entretanto esses processos dependem do potencial genético e das condições ambientais, oferecidas à criança para obter o resultado esperado. Portanto são inúmeros os fatores ambientais que podem influenciar o desenvolvimento da criança, e exigem uma constante adaptação e avaliação. Sendo assim, o desenvolvimento da criança pode estar ameaçado por diversos fatores de risco, dentre eles, o fator nutricional representado nos primeiros seis meses de vida pelo leite materno. Embora haja um consenso entre os profissionais sobre a importância do acompanhamento do desenvolvimento, é controverso o método de avaliação. Um dos instrumentos para essa avaliação é o Denver II, utilizado pelos profissionais da área da saúde para triagem em populações assintomáticas. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa desenvolvido em uma comunidade carente que tem como objetivos verificar o resultado do Denver II, aplicado em crianças de um a seis meses de idade que vivem nessa comunidade e associar o tipo de aleitamento com o resultado do Denver II. A população foi constituída por 37 prontuários de crianças, atendidas em consulta de enfermagem, durante os seis primeiros meses de vida, no Programa de Puericultura do Núcleo São Lucas durante os três últimos anos (2009 a 2011) e que tiveram o seu desenvolvimento avaliado por meio do Denver II. É um estudo derivado de um projeto primário aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UnG - CEP/UnG sob o nº 182/2010. Os resultados preliminares mostraram que: a maioria das crianças (54,0%) era do sexo feminino, a maioria das mães (54,0%) não completou o ensino fundamental e não trabalha; 37,9% dispõem de uma renda familiar não superior a dois salários mínimos e apenas 21,6% das crianças estavam em aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida.