APARELHO PARA MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS

Natany Maia Mayoral

Resumo


A hipertensão arterial é uma doença de alta prevalência, com forte impacto socioeconômico devido sua associação com moléstias cardiovasculares. A medida correta da pressão arterial, procedimento mais executado por enfermeiros no mundo, é fundamental ao diagnóstico e tratamento precoce e preciso da Hipertensão, o que requer técnica acurada e instrumentos calibrados. O objetivo deste estudo foi verificar a disponibilidade, tipo e condições dos instrumentos para medir a pressão arterial nas Unidades Básicas de Saúde do município de Guarulhos. Trata-se de um estudo exploratório, transversal, de campo, com delineamento quantitativo. A população foi composta por 68 Unidades Básicas de Saúde, cada uma representada por um enfermeiro, não importando o tempo em que atuasse na instituição, já que todos recebem treinamento em programas de capacitação. Foram utilizados para a coleta dos dados dois formulários elaborados com questões específicas, sendo um deles referente à unidade e o outro relacionado ao número, tipo e condições dos aparelhos correspondentes aos objetivos do estudo. Foi agendada a data da visita de cada UBS através de contato telefônico com o (a) gerente e/ou enfermeiro (a) da unidade. No início da visita a pesquisadora explicou ao entrevistado os objetivos da pesquisa e apresentou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, tendo o projeto sido aprovado pelos Comitês de Pesquisa da Prefeitura Municipal de Guarulhos e da Universidade Guarulhos. Após anuência e assinatura do termo realizou-se a entrevista com aplicação dos formulários. Dando sequência foram verificadas as condições dos equipamentos disponíveis na UBS, feitas as medidas e verificadas suas marcas. Os dados coletados foram armazenados e analisados no programa SPSS Statistics, versão 17.0 Verificou-se na análise da instrumentação esfigmomanométrica das 68 unidades estudadas que: 61,8 % dos entrevistados afirmaram ter quantidades suficiente de esfigmomanometros para atender a população das unidades, porém é grande o número de aparelhos que normalmente encontra-se em reparo, levando a menor disponibilidade real; 97,0% dos entrevistados informaram que os instrumentos danificados ou descalibrados são enviados para o setor de manutenção da Prefeitura de Guarulhos; com respeito aos estetoscópios todos possuem o diafragma adulto e 75,0% não possuem campânula infantil; quanto ao tipo 100% dos aparelhos são aneróides; Na verificação dos manguitos observou-se que apenas 3,0% das unidades possuem manguitos de adolescentes. Os manguitos para adulto, obeso e crianças encontram-se disponíveis em 42,6% das UBS e este valor foi também encontrado para aquelas que só possuem o de adulto e infantil. Em 7,4% só o manguito para adultos encontra-se disponível. No sistema de fechamento da braçadeira verificou-se 86,8% com velcro e botões e 13,2% só com velcro. Nenhum dos enfermeiros entrevistados souberam informar as dimensões corretas do manguito em relação à circunferência braquial, com exatidão. Ressalta-se que das doze marcas mercadológicas encontradas três não se encontram entre as portarias do INMETRO. Conclui-se que os dados obtidos estão em consonância com outros achados no sistema público, o que resulta na necessidade de rever as políticas públicas concernentes à distribuição e controle dos instrumentos esfigmomanométricos, visando à desejável mudança no perfil epidemiológico das doenças cardiovasculares e renais.

Palavras-chave


Esfigmomanômetro. Estetoscópio. SUS. Unidades Básicas de Saúde.

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