O ENSINO DE GEOMORFOLOGIA POR MEIO DE MAQUETES: A COMPREENSÃO DA GEOMORFOLOGIA DO CABUÇU

Resumo

A região do Cabuçu, em Guarulhos-SP, tem sido palco de diversos trabalhos acadêmicos. O interesse nesta área se dá por conta da proximidade com a Serra da Cantareira, da diversidade natural do ambiente, da estrutura geológica e da desenfreada ocupação nos últimos anos. Ainda que a região seja repleta de riquezas naturais, falta a conscientização da população para com este ambiente, daí a necessidade das escolas do bairro assumir seu papel diante da preservação local. O presente trabalho tem como objetivo compreender a geomorfologia local e sua relação com a paisagem, e a construção de uma maquete topográfica da região do Cabuçu, no município de Guarulhos-SP. Este trabalho está dividido em duas partes: a primeira etapa deste trabalho visou à compreensão da geomorfologia local através de levantamentos bibliográficos e atividades em campo. Para a próxima etapa, serão empreendidos esforços para a confecção da maquete, a partir da carta topográfica em escala 1:25.000 editada pelo Laboratório de Geoprocessamento da UnG. A região do Cabuçu está inserida no contexto geomorfológico da Serra da Cantareira e é palco de desastradas ocupações urbanas. Não raro, a região é acometida de desastres naturais, tais como deslizamentos, desmoronamentos e trechos de inundações. O espaço também se apresenta como uma excelente oportunidade de exploração turística sustentável, desde que haja planejamento para o local. A área compreende o Núcleo Cabuçu (26,7 km2) do Parque Estadual da Cantareira e área de entorno (32,2 km2), denominada Zona de Defesa do Núcleo Cabuçu, apresentando um total de 58,9 km2. A região do Cabuçu tem predominância do relevo de morros, morrotes e montanhas e estes constituem bacias e microbacias da região; as microbacias são importantes coletoras de águas das chuvas, ou de nascentes, sendo responsáveis pelo consumo de água local, tanto para consumo humano quanto para aproveitamento econômico. O relevo da região do Cabuçu impõe dificuldades e limites para uma expansão urbana adequada. O que se observa na região é a expansão inadequada gerando aumento dos processos de erosão, de sedimentação e riscos de escorregamentos. A expansão da mancha urbana pelo sentido centro-bairro vem ocupando as feições de planícies e colinas, sendo que as feições mais íngremes têm servido como área de limite para a ocupação antrópica. A ocupação inadequada associada às condições de fragilidade natural do solo têm propiciado acidentes de escorregamentos que se tornam frequentes. Espera- -se que este trabalho possa somar-se com os demais para melhorar a compreensão sobre este ambiente e que o produto final possa auxiliar os professores na didática em suas aulas. Projeto elaborado com o apoio do Programa Institucional de Iniciação Científica da Universidade Guarulhos PIBIC-CNPq-Bom Pastor II (Rodada 2012).