CONTAMINAÇÃO DO AMBIENTE DO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO

Jhenifer Keiko Koba dos Santos

Resumo


Apesar do avanço científico, a infecção cruzada ainda representa um risco na prática odontológica. As principais doenças que acometem os profissionais da odontologia são a hepatite B e C, AIDS, tuberculose, herpes, infecções estafilocócicas e estreptocócicas, entre outras. Alguns autores salientam ainda que o sangue apresenta um risco maior de contaminação, entretanto, não se deve esquecer a possibilidade de diversos micro-organismos serem transmitidos por meio da saliva. É essencial a adoção de um conjunto de medidas mínimas de segurança a serem aplicadas a todos os pacientes, em todas as ocasiões de tratamento. Se tais medidas forem ignoradas, a equipe de saúde poderá atuar como vetor na propagação de infecção, colocando em risco a comunidade e a si próprio. Assim, o objetivo deste estudo é analisar a contaminação de outros ambientes da clínica odontológica, diferentes daqueles onde ocorrem os atendimentos propriamente ditos. Para tal finalidade, após o atendimento do último paciente, placas de Petri com meio de cultura S-BHIA (Brain Heart Infusion Supplemented), em duplicatas, estão sendo posicionadas na clínica odontológica em 5 locais específicos, diferentes daqueles onde ocorrem os atendimentos propriamente ditos. Os locais são os seguintes: corredor que atende os consultórios, sala de lavagem dos instrumentos, sala de esterilização, hall de lavagem de mãos (ambiente pré-cirúrgico) e hall de procedimentos protéticos. A fim de observar a possível contaminação gerada pelo aerossol produzido na realização dos procedimentos odontológicos diários, as placas permanecem abertas durante uma noite, ou seja, durante aproximadamente 12 horas. No dia seguinte, as placas são fechadas e levadas ao Laboratório de Pesquisa em Odontologia II, onde são incubadas em jarras sob tensão de microaerofilia (chama de vela) em estufa bacteriológica a 37ºC durante 48 horas. Decorrido o tempo de incubação, realiza-se a contagem das unidades formadoras de colônias (ufc) com o auxílio de uma lupa estereoscópica. Para garantir a reprodutibilidade do estudo e a confiabilidade dos resultados, o experimento acima descrito será repetido 15 vezes. Até o momento foram realizadas 10 repetições. Os resultados finais serão expressos em ufc e representarão a média de contagem das 15 repetições para cada ambiente determinado e também para a contagem total. Em decorrência da natureza dos dados e delineamento experimental, os dados serão apresentados de forma descritiva, sem análise estatística específica. Espera-se com esse estudo contribuir para a conscientização da equipe odontológica (discentes / docentes / funcionários) sobre os riscos da infecção cruzada durante o atendimento clínico. Projeto elaborado com o apoio do Programa Institucional de Iniciação Científica da Universidade Guarulhos PIBIC-CNPq-EM (Rodada 2012 renovação).

Palavras-chave


Controle de infecção. Biossegurança. Microbiologia. Consultório odontológico.

Texto completo:

PDF


1) UnG - Universidade Guarulhos 2) Indexador: Latindex 3) Indexador: Dialnet