DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E OBESIDADE INFANTIL

Franciane Priscila Rosa Braz, Paulo Francisco de Castro

Resumo


O presente estudo reflete sobre o processo de desenvolvimento de crianças com obesidade, com vistas aos relacionamentos interpessoais e representação simbólica da alimentação. As crianças estão, cada vez mais, desenvolvendo quadros de obesidade precocemente. Participam do estudo 24 mães de crianças com diagnóstico de obesidade, tendo em vista que uma das mães possui dois filhos nessa condição, totalizou-se 25 entrevistas. Todas as crianças encontravam-se em atendimento multiprofissional para o cuidado do referido quadro e as mães responderam a uma entrevista estruturada, a partir de uma anamnese. Diante das informações colhidas pelas entrevistas, buscou-se a verificação do processo evolutivo das crianças com obesidade, obtendo-se o que segue: No que se refere ao perfil das mães, tem-se que 52% (N= 13) têm idade entre 31 a 40 anos, 56% (N= 14) possuem ensino médio completo e 52% (N= 13) possuem peso normal. Quando questionadas se a criança havia sido amamentada logo após o nascimento, 92% (N= 23) responderam afirmativamente. Sobre a sensação que tiveram ao amamentar o bebê pela primeira vez, 72% (N= 18) responderam que sentiram muita alegria, tranquilidade, emoção e alívio. Ao serem questionadas se a criança engolia bem, 96% (N=24) responderam que sim. Em relação ao processo de desmame do seio, 24% (N= 6) disseram que o desmame ocorreu por conta de sua volta ao trabalho. Ao serem questionadas sobre como foi feita a introdução da mamadeira, 24% (N=6) explicaram que a introdução da mamadeira ocorreu antes dos seis meses e que 24% (N=6) relataram alívio e tranquilidade e outras 24% (N=6) explicaram não terem tido nenhuma reação. Na introdução de outros alimentos, 84% (N= 21) explicaram que feito conforme a orientação médica (aos seis meses com papinha e frutas). Foi perguntado também como foi efetuado o desmame da mamadeira e 28% (N= 7) responderam que ocorreu com tranquilidade. Em relação à alimentação geral tem-se que 76% (N= 19) comiam bem, 64% (N= 16) das crianças realizam sua alimentação à mesa com a família, e 48% (N=12) em frente à TV. Quando as mães foram questionadas a respeito de sua conduta diante da alimentação do (a) filho (a), 64% (N=16) adotam uma postura de orientação, 40% (N= 10) conseguem manter uma alimentação saudável. Ao perguntar sobre o relacionamento com a criança no que tange à alimentação, 60% (N=15) relataram que o relacionamento entre eles é tranquilo, embora 32% (N=8) sentem-se preocupadas ou frustradas com a obesidade dos filhos. Por fim, perguntou-se a respeito do relacionamento geral entre mãe e criança, e 56% (N=14) das mães disseram que o relacionamento entre eles é muito bom, feliz. Outros estudos corroboram os dados obtidos na presente pesquisa e, pela pertinência do tema, sugere-se a ampliação das investigações na área.

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