O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NO DESENVOLVIMENTO DE ADOLESCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL II

Eveline Tonelotto Barbosa, Vera Trevisan Souza

Resumo


Este artigo apresenta parte de uma pesquisa que teve como objetivo investigar o papel da imaginação na promoção do desenvolvimento de adolescentes do 8ºano do Ensino Fundamental II de uma escola pública estadual do interior de São Paulo. Adotou-se como aporte teórico e metodológico a Psicologia Histórico-Cultural, em especial os conceitos de Vigotski, visto sua contribuição à compreensão da imaginação como função psicológica superior. Como procedimentos de pesquisa foram utilizadas estratégias de intervenções para a construção das informações, com a intenção de transformar a realidade para conhecê-la. As informações foram registradas em diários de campo, sendo que os encontros foram gravados em áudio e transcritos. Resultados demonstraram que a imaginação favorece a criação de situações sociais de desenvolvimento visto a produção de horizontes e devires que promovem e que passam a constituir o meio. Então, não apenas os meios físico e social, por vezes denominados de contexto, se concretizam como fonte de desenvolvimento, mas também o meio imaginado que assume concretude na relação produzida pela imaginação. Também, constatou-se que a criação desse meio imaginado, agilizado pelo processo de contação e produção de histórias, favorece a relação entre as funções psicológicas superiores por mobilizar a memória, a percepção, a atenção, o pensamento por conceito, a consciência, e, promove, o desenvolvimento do interesse e da participação de adolescentes em atividades escolares, em especial no que concerne à leitura e a escrita.

Palavras-chave


Imaginação; adolescência; Psicologia Histórico-Cultural; Psicologia Escolar e Educacional.

Texto completo:

PDF


1) UnG - Universidade Guarulhos 2) Indexador: Latindex 3) Indexador: Dialnet