CONHECIMENTO E ATITUDE DOS PROFISSIONAIS DO NASF DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS A RESPEITO DA ABORDAGEM MÍNIMA E BÁSICA DE APOIO À PREVENÇÃO E CESSAÇÃO AO TABAGISMO

Ana Caroline Zacarias Delfiol Silva, Fernanda Amendola

Resumo


Sabe-se que o tabaco está associado à Doença Crônica Não Transmissível e vários estudos apontam que ele é um dos principais fatores de riscos para o câncer e diversas doenças. O Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Controle ao Tabagismo que visa à prevenção e cessação do tabagismo, o profissional do NASF capacitado por esse programa pode ser um facilitador para essa abordagem. Verificar o conhecimento e a atitude dos profissionais do NASF na atenção primária à saúde do município de Guarulhos referente abordagem realizada de apoio à prevenção e cessação do tabagismo. Estudo do tipo observacional, de corte transversal, descritiva, analítica, com abordagem quantitativa, que foi realizado com os profissionais do NASF do município de Guarulhos, que formam uma equipe de acordo com o Ministério da Saúde. Foi aplicado um questionário anônimo, que incluiu dados gerais/sócio demográfico/profissionais e status tabagístico; conhecimento sobre o Programa Nacional de Controle ao Tabagismo e avaliação da abordagem breve ou mínima. Foram entrevistados 31 profissionais do NASF, sendo 06 (19,4%) assistentes sociais, 05 (16,1%) educadores físicos, 06 (19,4%) fisioterapeutas, 03 (9,7%) fonoaudiólogas, 04 (12,9%) nutricionistas e 07 (22,6%) psicólogos. A maioria dos profissionais era do sexo feminino (87,1%), especialistas (73,3%) e não fumantes (83,9%), apenas um profissional fumante. Mais da metade conhecia o Programa Nacional de Combate ao Tabagismo (54,8%), porém não foram capacitados (58,1%). Todos os profissionais, exceto um (96,8%), achavam necessário capacitar os profissionais da atenção primária sobre a abordagem de apoio à prevenção e cessação do tabagismo. Houve diferença estatisticamente significante entre os profissionais do NASF, em relação a perguntar se o paciente mora ou trabalha com fumante. O fonoaudiólogo realiza mais frequentemente essa pergunta do que os demais profissionais (p=0.029). Também foi encontrada diferença estatisticamente significante, entre os profissionais que aconselham os pacientes a parar de fumar. Os fonoaudiólogos e educadores físicos aconselham mais frequentemente do que os fisioterapeutas (p=0.024). Os dados indicaram que a equipe multiprofissional da atenção básica necessita de maior conhecimento e capacitação para atuação na prevenção e cessação do tabagismo. Destaca-se o melhor desempenho dos fonoaudiólogos e educadores físicos e um desempenho menos satisfatório dos fisioterapeutas. A atuação desses profissionais no combate ao tabagismo é fundamental para a prevenção de complicações como as doenças cardiovasculares e o câncer, principais causas de internação e morte no Brasil.

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