Modelo de Evolução Geológica da Região do Atual Municipio de Atibaia (SP) durante o Cenozóico.
Resumo
Este trabalho objetiva delinear um modelo de evolução
geológica da região do município de Atibaia (SP) durante o Cenozóico,
baseado no registro geológico, na conformação geomorfológica e nos
dados paleontológicos disponíveis. A região estudada é constituída por um
substrato rochoso pré-Cambriano, onde se destacam gnaisses, migmatitos,
granulitos, rochas metassedimentares e metaígneas, enfeixadas no
chamado Complexo Amparo, granitóides diversificados do Domínio
Socorro, e, como destaque, o Granito Atibaia. Este embasamento é
recoberto, de modo localizado, por unidades sedimentares cenozóicas,
que abarcam aluviões recentes, terraços fluviais, mantos coluvionares e
remanescentes de depósitos neogênicos e paleogênicos, estes portadores
de expressivo registro fossilífero. O relevo da região é amorreado, com
serras entremeadas, que podem alcançar altitudes superiores a 1.400 m;
as áreas de agradação restringem-se à planície aluvial do rio Atibaia e do
baixo curso de seus principais afluentes. As estruturas do embasamento
cristalino, em especial as faixas de cisalhamento de alto grau de mergulho,
aparentam controlar a disposição dos depósitos sedimentares cenozóicos
e apresentar movimentações relativas mais jovens, configurando um
quadro de tectônica ressurgente. O modelo aqui proposto compreende 4
estágios principais: (1) Aptiano-Albiano delgado capeamento de rochas
sedimentares e ígneas da Bacia do Paraná, área em processo de alçamento,
regime tectônico distencional; (2) Cretáceo superior Alçamento e erosão
dos remanescentes da Bacia do Paraná, denudação e estabelecimento da
Superfície Sul-americana (ápice no Eopaleógeno); (3) Paleógeno estágio
distensivo, com dissecação da Superfície Sul-americana e formação de
pequenas bacias tafrogênicas (e.g., Tanque); e (4) Mioceno Recente
regime tectônico compressivo (atuação da Cordilheira Andina), pequenos
depósitos miocênicos e atividade neotectônica.
geológica da região do município de Atibaia (SP) durante o Cenozóico,
baseado no registro geológico, na conformação geomorfológica e nos
dados paleontológicos disponíveis. A região estudada é constituída por um
substrato rochoso pré-Cambriano, onde se destacam gnaisses, migmatitos,
granulitos, rochas metassedimentares e metaígneas, enfeixadas no
chamado Complexo Amparo, granitóides diversificados do Domínio
Socorro, e, como destaque, o Granito Atibaia. Este embasamento é
recoberto, de modo localizado, por unidades sedimentares cenozóicas,
que abarcam aluviões recentes, terraços fluviais, mantos coluvionares e
remanescentes de depósitos neogênicos e paleogênicos, estes portadores
de expressivo registro fossilífero. O relevo da região é amorreado, com
serras entremeadas, que podem alcançar altitudes superiores a 1.400 m;
as áreas de agradação restringem-se à planície aluvial do rio Atibaia e do
baixo curso de seus principais afluentes. As estruturas do embasamento
cristalino, em especial as faixas de cisalhamento de alto grau de mergulho,
aparentam controlar a disposição dos depósitos sedimentares cenozóicos
e apresentar movimentações relativas mais jovens, configurando um
quadro de tectônica ressurgente. O modelo aqui proposto compreende 4
estágios principais: (1) Aptiano-Albiano delgado capeamento de rochas
sedimentares e ígneas da Bacia do Paraná, área em processo de alçamento,
regime tectônico distencional; (2) Cretáceo superior Alçamento e erosão
dos remanescentes da Bacia do Paraná, denudação e estabelecimento da
Superfície Sul-americana (ápice no Eopaleógeno); (3) Paleógeno estágio
distensivo, com dissecação da Superfície Sul-americana e formação de
pequenas bacias tafrogênicas (e.g., Tanque); e (4) Mioceno Recente
regime tectônico compressivo (atuação da Cordilheira Andina), pequenos
depósitos miocênicos e atividade neotectônica.
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