Evidência de Oncóides Recentes na Lagoa Salgada, Norte do Estado do Rio de Janeiro, Sudeste Brasileiro.
Resumo
A Lagoa Salgada, um corpo aquático natural hipersalino
(21o5410S - 41o0030W), ocupa uma área com cerca de 16 km2,
próxima a cidade Cabo de São Tomé, entre os municípios de Campos
dos Goytacazes e São João da Barra. Possui conexão com o oceano
através do Rio Açu e sua característica principal é a presença de estruturas
carbonáticas biogênicas. O propósito deste estudo foi caracterizar os
oncóides e a composição cianobacteriana presente nestas construções.
A primeira coleta para a lagoa ocorreu em 1999 e posteriormente outras
quatro campanhas aconteceram entre 2000 e 2001. Durante o período
foram retiradas amostras de oncóides, através de extração manual, na
borda sudoeste, na região de inframaré. O material foi selecionado segundo
a integridade da amostra, tamanho e coloração. Para verificação
das cianobactérias foi aplicada solução de HCL N/10, seguido do tratamento
com H2O2 a 20%. Lâminas a fresco e permanentes foram confeccionadas.
A análise permitiu a identificação de diversos tamanhos
de oncóides. Eles são diminutos, exemplares variando de 9,50 a 23,50
mm, com diâmetro médio de 14,90 mm e coloração variando do branco
ao cinza. Possuem formas esféricas, ovais, elipsoidais e irregulares,
imóveis, associados as esteiras microbianas lisas e exibindo laminações
concêntricas delgadas. O estudo das amostras permitiu a identificação
de 15 espécies de cianobactérias nos oncóides. A família mais representativa
é a Chroococcaceae Nägeli 1849 com 53,38%, seguida das famílias
Nostocaceae Kützing 1843 e Schizothricaceae Elenkin 1934 com
6,66%, Synechococcaceae Komárek & Anagnostidis 1995 com 13,32%,
Phormidiaceae Anagnostidis & Komárek 1988 com 19,98%. Chroococcus
Nägeli 1849 aparece como o gênero mais representativo (46,66%).
Estas bactérias são responsáveis pela precipitação do CaCO3
e pelas laminações
componentes destas estruturas. Os oncóides distribuem-se na
região de pouca profundidade, energia acentuada, alta oxigenação, alta
incidência luminosa, local em que os fatores ambientais favorecem o
desenvolvimento de extensas e complexas comunidades microbianas.
(21o5410S - 41o0030W), ocupa uma área com cerca de 16 km2,
próxima a cidade Cabo de São Tomé, entre os municípios de Campos
dos Goytacazes e São João da Barra. Possui conexão com o oceano
através do Rio Açu e sua característica principal é a presença de estruturas
carbonáticas biogênicas. O propósito deste estudo foi caracterizar os
oncóides e a composição cianobacteriana presente nestas construções.
A primeira coleta para a lagoa ocorreu em 1999 e posteriormente outras
quatro campanhas aconteceram entre 2000 e 2001. Durante o período
foram retiradas amostras de oncóides, através de extração manual, na
borda sudoeste, na região de inframaré. O material foi selecionado segundo
a integridade da amostra, tamanho e coloração. Para verificação
das cianobactérias foi aplicada solução de HCL N/10, seguido do tratamento
com H2O2 a 20%. Lâminas a fresco e permanentes foram confeccionadas.
A análise permitiu a identificação de diversos tamanhos
de oncóides. Eles são diminutos, exemplares variando de 9,50 a 23,50
mm, com diâmetro médio de 14,90 mm e coloração variando do branco
ao cinza. Possuem formas esféricas, ovais, elipsoidais e irregulares,
imóveis, associados as esteiras microbianas lisas e exibindo laminações
concêntricas delgadas. O estudo das amostras permitiu a identificação
de 15 espécies de cianobactérias nos oncóides. A família mais representativa
é a Chroococcaceae Nägeli 1849 com 53,38%, seguida das famílias
Nostocaceae Kützing 1843 e Schizothricaceae Elenkin 1934 com
6,66%, Synechococcaceae Komárek & Anagnostidis 1995 com 13,32%,
Phormidiaceae Anagnostidis & Komárek 1988 com 19,98%. Chroococcus
Nägeli 1849 aparece como o gênero mais representativo (46,66%).
Estas bactérias são responsáveis pela precipitação do CaCO3
e pelas laminações
componentes destas estruturas. Os oncóides distribuem-se na
região de pouca profundidade, energia acentuada, alta oxigenação, alta
incidência luminosa, local em que os fatores ambientais favorecem o
desenvolvimento de extensas e complexas comunidades microbianas.
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