IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO PATERNA NO ALEITAMENTO MATERNO.

Bruna Brichucka, Mariana Pinho Neto Pilli, Rosa Aurea Quintella Fernandes

Resumo


Introdução:Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno (AM) é a melhor forma de fornecer ao recém-nascido todos os nutrientes necessários para um crescimento saudável e recomenda que as crianças sejam amamentadas exclusivamente com o leite materno até seis (6) meses de idade. Entretanto, a prevalência do aleitamento exclusivo é baixa no Brasil e muitos fatores contribuem para isto. Entre estes fatores está a falta de apoio da rede social à mulher no processo de aleitar. A participação do pai também é muito importante, mas não tem sido extensamente estimulada e parece persistir a ideia de que somente a mãe é responsável por esta tarefa. Objetivo: o objetivo deste estudo de revisão integrativa da literatura foi Identificar nas publicações nacionais, artigos que evidenciassem a importância da participação paterna no aleitamento materno e quais as estratégias utilizadas pelos profissionais na prática clínica para incentivar esta participação.Método: Trata-se de revisão integrativa da literatura. Para a identificação dos artigos foram utilizados os descritores e termos livres: aleitamento materno, amamentação, participação paterna, apoio sócia, apoio do pai na amamentação. Identificou-se inicialmente nas bases de dados no período estudado, 2000 a 2012, 126 artigos e descartados 96 por não atenderem aos critérios de inclusão. Dos 29 artigos selecionados 19 não foram incluídos por estarem repetidos nas bases de dados. Resultados A amostra foi composta por 10 artigos obtidos na íntegra e todos eles (100%) enfatizavam a importância do pai para a manutenção do AM. A maior frequência de publicações ocorreu nos anos de 2006, 2009, 2010 e 2012 (20%), 60% dos artigos são derivados de pesquisa, metade (50%) teve abordagem qualitativa, 30% foram realizadas em Unidades Básicas de Saúde e 30% em banco de dados. A revista que mais publicou sobre o tema foi a Revista Paulista de Pediatria (20%) e 28,6% dos artigos foram escritos por enfermeiros. O autor com maior número de publicações sobre o tema, no período investigado, foi Lamounier (40%). Dos artigos analisados 90% tinham explícito no objetivo do estudo a intenção de verificar a participação paterna no AM.,entretanto, nenhum deles demonstrou como esta participação tem ocorrido na prática, apenas sugerem intervenções como: o homem estar presente nas consultas desde o pré-natal , seu apoio à mulher nas atividades domésticas e, ponderam que este envolvimento, provavelmente, possa resultar em maior tempo de aleitamento. Destaca-se nos resultados ainda, a necessidade de que os pais sejam orientados sobre a importância da amamentação.Conclusão Houve unanimidade entre os autores sobre a importância da participação masculina no aleitamento materno e que, provavelmente, a inserção do homem neste processo ocasionaria mudança nas concepções e, consequentemente, no exercício de ser pai, o que resultaria no apoio, incentivo e promoção da amamentação, aumentando os índices de aleitamento materno e favorecendo a saúde das crianças Entretanto, há escassez de estudos que envolvam os aspectos clínicos da participação paterna na amamentação, assim como das estratégias empregadas pelos profissionais , da avaliação dos resultados da inserção dos pais no apoio ao AM e de seu impacto direto no tempo de manutenção da amamentação.

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