PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E OBSTÉTRICO DE MULHERES PARTICIPANTES DE UM GRUPO DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO DE UMA COMUNIDADE CARENTE

Érika Ferreira da Costa, Rosa Aurea Quintella Fernandes

Resumo


As principais causas de morte de crianças são a falta de atenção adequada à gestação, ao parto, ao feto e ao bebê após o nascimento. Além disso, a mortalidade infantil está associada também, às condições socioeconômicas dos pais, educação, renda familiar e acesso aos serviços de saúde. Por outro lado, o declínio das mortes infantis está ligado a fatores como o aumento da cobertura vacinal e da assistência pré-natal, redução da fecundidade, aumento da escolaridade das mães e o aleitamento materno.O objetivo do estudo foi identificar o perfil sociodemográfico e obstétrico de mulheres participantes dos grupos de incentivo ao aleitamento materno do Núcleo São Lucas de Atendimento à Saúde da mulher e da Criança, no período de 2001 a 2012.Trata-se de estudo exploratório, descritivo, retrospectivo, documental com abordagem quantitativa realizado no banco de dados do Núcleo elaborado em um projeto primário aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UnG - CEP/UnG sob o nº 182/2010. A população deste estudo foi constituída pelas 498 fichas (N=498) das mulheres participantes dos grupos de incentivo ao aleitamento materno. O perfil sociodemográfico das mães pode ser assim delineado: 48,39% são procedentes da região Nordeste, têm idade média de 23,66 anos (DP 6,07), a maioria (73,49%) vive com o companheiro, 47,19% têm 7 anos ou mais de estudo e 36,14% estavam desempregadas. O percentual de adolescentes foi de 23,49%. A maioria dos domicílios (54,42%) é compartilhada por 3 a 5 pessoas com média de 3,71(DP 1,81). A renda familiar média daqueles que forneceram esta informação foi de R$ 914,32 (DP 494,98).Os dados obstétricos evidenciaram que em relação ao número de filhos 46,18% das mulheres eram primíparas e 43,17% não faziam uso de nenhum tipo de método contraceptivo. A maioria das mulheres (97,19%) realizou o pré-natal e 60,45% dos partos foram normais, a maioria (52,61%) não teve complicações durante o trabalho de parto ou no pós-parto (52,81%). Das que tiveram complicações as mais mencionadas foram a infecção (19,44%) e a hipertensão (16,67%). A média de peso do bebê ao nascer foi de 3,143g, sendo que 50,31% deles eram do sexo feminino. Concluiu-se pela análise dos dados sociodemográficos e obstétricos que nesta população há vários fatores de proteção para o AME, mas há aspectos que necessitam intervenções para sua melhoria.

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