NÍVEIS DE MICRORGANISMOS DO DOMÍNIO ARCHAEA APÓS A TERAPIA PERIODONTAL EM INDIVÍDUOS COM PERIODONTITE CRÔNICA

Fernanda Sampaio Ramiro, Marcelo de Faveri

Resumo


O objetivo do presente estudo foi avaliar as alterações na prevalência e nos níveis de microrganismos do domínio Archaea presentes no ambiente subgengival de indivíduos com periodontite crônica submetidos a terapia de raspagem e alisamento radicular (RAR) isoladamente ou associada a antibióticos sistêmicos. Sessenta indivíduos com periodontite crônica generalizada foram randomizados em três grupos terapêuticos: Controle (n=20): RAR; Teste 1 (n=20): RAR + metronidazol (400mg) 3x/dia por 14 dias (MTZ); Teste 2 (n=20): RAR+MTZ + amoxicilina (500mg) 3x/dia por 14 dias (AMX). O monitoramento microbiológico foi realizado no início do estudo e 6 meses após a RAR. Todos os grupos terapêuticos reduziram significativamente o número de indivíduos colonizados por Archaea aos 180 dias pós-terapia (p<0,05). Os grupos MTZ e MTZ+AMX apresentaram uma média significativamente menor de sítios colonizados e menores níveis destes microrganismos em sítios com PS>5mm aos 180 dias, quando comparados ao grupo RAR (p<0,05). Não foram observadas diferenças clínicas significativas em resposta ao tratamento periodontal em relação a presença ou ausência da colonização inicial de Archaea. Em conclusão, O uso de MTZ e MTZ+AMX associado a RAR proporcionou maior redução no número de sítios colonizados e nos níveis de Archaea em sítios com PS>5mm quando comparado a RAR isoladamente. O perfil de colonização de Archaea antes da terapia periodontal não influenciou as respostas clínicas no tratamento de indivíduos com periodontite crônica.

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