NÍVEIS DE ARCHAEA E O PERFIL BACTERIANO EM AMOSTRAS DE BIOFILME SUBGENGIVAL DE INDIVÍDUOS COM PERIODONTITE CRÔNICA E SAÚDE PERIODONTAL

Renata Ramos de Oliveira Dias, Marcelo de Faveri

Resumo


A associação de Archaea com a etiologia de diversas infecções, incluindo as periodontites ainda não esta completamente estabelecida. O objetivo deste estudo foi avaliar os níveis e proporções de Archaea em amostras de biofilme subgengival de indivíduos com periodontite crônica (PC) e saúde periodontal (SP) e investigar sua relação com os níveis de 40 espécies bacterianas. Sessenta indivíduos com PC e 30 com SP foram selecionados. Seis amostras (3 com profundidade de sondagem (PS) <3mm, e 3 com PS>5mm) e 3 amostras de biofilme subgengival (PS<3m) por indivíduos foram coletados nos grupos PC e SP, respectivamente. As amostras foram coletadas e analisadas por PCR quantitativo e pelo Checkerboard DNA-DNA Hybridization. Archaea foram detectados em 48 indivíduos do grupo PC (80%) e em 23 do grupo SP (76,6%). Não houve diferença na prevalência do número de indivíduos e sítios colonizados por Archaea entre os grupos PC e SP (Qui-quadrado, p>0,05). Nível médio de cópias do gene 16S rRNA de Archaea e Bacteria foram menores no grupo SP em comparação ao grupo PC (Mann Whitney, p<0,05). No grupo PC, Campylobacter showae, Fusobacterium nucleatum ssp. nucleatum, Parvimonas micra, Prevotella nigrescens, Tannerella forsythia e Porphyromonas gingivalis apresentaram níveis superiores nos sítios colonizados por Archaea quando comparados com os sítios não colonizados (Teste Wilcoxon, p<0,05). Archaea são frequentemente detectados no biofilme subgengival de indivíduos com PC e SP. A alteração ecológica na microbiota da periodontite crônica inclui o aumento dos níveis do domínio Archaea.

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