ÍNDICE DE BALNEABILIDADE DA PRAIA DA BORACÉIA, MUNICÍPIO DE BERTIOGA (SP): 2004 2014

Rodrigo Maia Marques, Antônio Roberto Saad

Resumo


Na Praia da Boracéia, localizada no Município de Bertioga, no trecho correspondente a Baixada Santista, a CETESB monitora, em termos de balneabilidade, dois pontos nas águas marinhas (amostragem semanal), e onze pontos em cursos de águas doces (amostragem semestral). No primeiro são medidas as quantidades de Enterococos (Unidade Formadoras de Colônias - UFC/100 mL), enquanto que nos pontos de coleta na água doce são realizadas medidas de coliformes termotolerantes (UFC/100 mL). Neste projeto, o objetivo principal foi o de realizar a comparação entre a qualidade das águas da Praia da Boracéia frente ao uso e ocupação da terra, sob a ótica da análise geoambiental. O período de análise foi entre 2004 e 2014. Para tanto, foram utilizados dados pluviométricos oriundos do DAEE; dados microbiológicos disponibilizados pela CETESB e uma análise geoambiental da área de estudo, com ênfase ao uso e ocupação da terra, através da aplicação de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, abrangendo desde as escarpas da Serra do Mar até a planície costeira paulista, que incluí áreas de drenagem fluvial, restingas, praias e condomínios urbanos, balizados pela Rodovia Governador Mario Covas e Rodovia Dr.Manoel Hipólito do Rego. No ponto Colégio Marista das 574 amostras analisadas, 553 foram classificadas como Próprias e 21 como Impróprias, dentre as Próprias tiveram 396 enquadradas como Excelente, 93 Muito Boa e 64 Satisfatória. Os dois pontos de monitoramento da CETESB apontam para qualidade de balneabilidade Boa tendendo ao Regular. Quando ocorre a classificação anual regular a porcentagem de semanas impróprias é baixa, isto vale para os 11 anos monitoramento dos relatórios da CETESB. A pesquisa ressalta o desencontro de informações entre as coordenadas fornecidas pela CETESB no que se refere ao posicionamento da bandeira de identificação do ponto de monitoramento Colégio Marista, uma vez que in loco a bandeira está fixada em outra região da praia, sendo constatada formação de colônias de bactérias e descarte de esgoto condominial, muito diferente dos resultados de balneabilidade apresentados anualmente.

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