INFLUÊNCIA DA GRAVIDEZ NÃO PLANEJADA NO TEMPO DE ALEITAMENTO MATERNO

Sophia Pittigliani da Conceição, Rosa Aurea Quintella Fernandes

Resumo


O aleitamento materno tem sido considerado um aliado importante para a redução da taxa de mortalidade infantil. Entretanto, apesar de todos os esforços demandados, a prevalência do aleitamento materno, no Brasil, tem sido baixa. Os pesquisadores tem procurado identificar os fatores que dificultam ou impedem a prática do aleitamento materno e a gravidez indesejada é apontada como um destes fatores. Os objetivos deste estudo foram: verificar a prevalência de gravidez não planejada entre gestantes participantes de programa de incentivo ao Aleitamento materno em uma comunidade carente e comparar o tempo de aleitamento materno das mães que planejaram ou não a gravidez. Trata-se de estudo exploratório, descritivo, retrospectivo, documental com abordagem quantitativa realizado no banco de dados do Núcleo São Lucas de Atendimento à Saúde da Mulher e da Criança elaborado em um projeto primário aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UnG - CEP/UnG sob o nº 182/2010. Dos 498 prontuários que constam do banco de dados apenas, 202 atenderam aos critérios de inclusão estabelecidos para este estudo e integraram a amostra (N=202). O perfil sociodemográfico das mães pode ser assim delineado: idade média de 24,68 anos (DP 6,07), a maioria (75,74%) vive com o companheiro, 49,% é procedente da região nordeste, 50,99% têm 8 anos ou mais de estudo e 83,16% eram do lar. A renda familiar média daqueles que forneceram esta informação foi de R$ 971,82 (DP 463,12) e a maioria dos domicílios (75,74%) é compartilhada por 2 a 4 pessoas. Os dados obstétricos evidenciam que 51,98 % das mulheres tiveram mais de um filho e 47,03% eram primíparas, 97,52% realizaram pré-natal,70,79% o exame colpo citológico, 61,39% tiveram parto normal e 87,13% não referiram complicações no puerpério. O tempo médio de aleitamento materno exclusivo foi de 110,92 dias e a mediana 112 dias. 50% das mulheres não planejaram a gravidez e em 13% dos prontuários esta informação não estava disponível. Na comparação do tempo de aleitamento materno exclusivo entra as mães que planejaram ou não a gravidez foi utilizado o teste de comparação de médias t-Studant e não houve diferença estatisticamente significante (p= 0,346). Conclui-se que planejar ou não a gravidez não influenciou no tempo de aleitamento materno exclusivo nestas mães.

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