NÍVEIS DE GENES DE RESISTÊNCIA ANTIBIÓTICA PRESENTES NO BIOFILME DE INFECÇÕES ENDODÔNTICAS PRIMÁRIAS

Ana Paula Oliveira Correia, Marcelo de Faveri

Resumo


O tratamento endodôntico consiste na prevenção ou tratamento de infecções que possam ocorrer nos tecidos pulpares e perirradiculares, sendo a infecção bacteriana seu principal agente etiológico. Inúmeras pesquisas vêm sendo realizadas para se determinar um detalhado perfil destas infecções. Contudo, existe uma carência de estudos que demonstrem a virulência desta microbiota e sua importância sistêmica, como por exemplo, seu perfil de resistência a antimicrobianos. A presença de genes de resistência a antibióticos em micro-organismos endodônticos pode tornar a infecção resistente aos antibióticos utilizados em odontologia. A utilização de antibióticos tem o intuito de prevenir ou tratar as infecções bacterianas. No entanto, o uso abusivo dos agentes antimicrobianos favorece a seleção de cepas resistentes, contribuindo para a disseminação de clones bacterianos resistentes entre as populações humanas na comunidade. A emergência da resistência antimicrobiana como problema de saúde pública motiva e valida o desenvolvimento de inúmeras pesquisas objetivando o melhor conhecimento desta questão. Sendo assim, o objetivo deste projeto consiste em identificar e quantificar a presença de genes de resistência aos antibióticos na microbiota de infecções endodônticas primárias. Serão avaliados 20 pacientes com necrose pulpar e presença de lesão perirradicular associada. A avaliação microbiológica será realizada antes e após o procedimento de instrumentação e após a utilização da medicação intracanal. Os níveis dos genes blaTEM e mecA que são responsáveis por resistência a beta-lactâmicos serão avaliados por meio do PCR quantitativo (RT-PCR). Os dados serão expressos de forma descritiva em relação a média, mediana e intervalo de confiança de 95%.

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