PERFIL DOS CASOS NOTIFICADOS COM POSSÍVEL EXPOSIÇÃO AO VÍRUS DA RAIVA E ABANDONO DO TRATAMENTO PROFILÁTICO NO SERVIÇO DE PRONTO ATENDIMENTO NO BAIRRO DE PEIXINHOS OLINDA-PE.

Julio Cesar Alves dos Santos, Emilly Veloso Rezende, Natlia Stephane Alves, Roumayne Medeiros Ferreira Costa

Resumo


Introdução: No Brasil a raiva é endêmica, a região nordeste responde por 54% dos casos humanos registrados de 1980 a 2008. A profilaxia é realizada de acordo com o tipo de exposição, onde o tratamento varia entre uma lavagem do local com água e sabão a esquema vacinal de duas ou cinco doses mais o soro. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano 2014, no município de Olinda-PE, houve um aumento na incidência de casos notificados pós-exposição, levantando a hipótese de que ela pode estar associada ao maior contato entre homens e animais domésticos. Objetivo: Analisar as fichas de notificação dos casos com possível exposição ao vírus da raiva e abandono do tratamento profilático no serviço de pronto atendimento no bairro de Peixinhos Olinda-PE. Método: Estudo quantitativo, descritivo e exploratório, com abordagem retrospectiva. A pesquisa foi realizada no serviço de pronto atendimento de peixinhos, situado no município de Olinda-PE, e a amostra foi constituída por 2400 casos notificados para raiva, no ano de 2014. Resultados: A faixa etária mais acometida foi de 5 a 9 anos do sexo masculino, com 7,6% casos, 7,6% sofreram exposição com arranhadura, 13 casos expostos à lambedura, 73,1% expostos à mordedura, todos pela raça canina; 30,4% apresentado ferimento em membros inferiores e 50% com ferimentos profundos. Em 66,3% dos casos o animal apresentava-se sadio, 67,7% do total os animais eram passíveis de observação, com tratamento de observação + vacina indicado para 64,1% dos casos. Houve abandono do tratamento em apenas 5,04% dos casos. Observa-se no referido ano uma grande quantidade de casos notificados com possível exposição ao vírus da raiva, e a taxa de abandono ao tratamento é relativamente pequena. Conclusão: A raiva é ainda um grave problema de saúde pública no Brasil, e requer uma maior atenção. Porém hoje observa-se uma maior notificação da doença, com atuação dos serviços de saúde no tratamento profilático

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