ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO: FATORES DE RISCO E CONDUTAS PÓS-EXPOSIÇÃO

Marília Leyenn Fernandes de Santana Silva, Gabriel Arruda de Souza Fernandes, Ingryd Mendes Cavalcanti Couto, Edla Nery Bezerra, Filipe Souza Lemos, Tatiane Gomes Guedes

Resumo


Introdução: A temática relativa aos acidentes com material biológico é discutida de forma pertinente e consciente nos últimos anos, especialmente após o aparecimento da Aids. Dessa forma, medidas de biossegurança devem ser adotadas para minimizar tal acontecimento. Objetivo: identificar fatores de risco e conduta sem acidentes de trabalho envolvendo material biológico. Método: Realizou-se uma revisão bibliográfica da literatura na base de dados LILACS e na biblioteca virtual SCIELO, utilizando os descritores Biossegurança, Riscos ocupacionais, Materiais biológicos. Foram encontrados 32 artigos e incluídos artigos publicados no período de 2010 a 2015, com o texto completo e no idioma português e espanhol, totalizando 12. Após a leitura dos artigos, 4 estudos compuseram a amostra desta revisão bibliográfica. Resultados: Dentre os fatores de risco presentes para essa ocorrência estão a elevada carga horária semanal de trabalho que contribui para o cansaço físico e mental, levando ao menor rendimento e atenção, estando intimamente ligado aos acidentes, além do ambiente institucional que nem sempre oferece materiais adequados e em quantidade necessária para a execução dos serviços de modo seguro para o profissional. Em 2005, foi implantada a Norma Regulamentadora 32 que possui os eixos: capacitação contínua dos trabalhadores, programas que tratam dos riscos e medidas de proteção. Verificou-se nesta revisão que agulhas são os objetos mais causadores de acidentes, entretanto boa parte deles poderia ter sido evitada pela adoção de medidas precaução-padrão, tais como não recapagem de agulhas e descarte adequado dos perfurocortantes. Assim, desde o início da epidemia do HIV/Aids emergiram condutas pós-acidente de trabalho, incluindo avaliação imediata do acidente, quimioprofilaxia, acompanhamento, monitoramento periódico do profissional acidentado e, sobretudo, apoio psicológico. Além da identificação da sorologia do paciente-fonte, faz-se necessária também a verificação do estado sorológico do trabalhador submetido ao acidente, pois existe a possibilidade do profissional acidentado já ser HIV positivo. Vale salientar que iniciando a quimioprofilaxia em até duas horas após a ocorrência do acidente e durante quatro semanas reduz em 82% a probabilidade de soroconversão. Conclusão: Diante dessa realidade, destaca-se importância da implementação de ações educativas e preventivas, com ênfase na adesão às medidas de biossegurança, com o intuito de evitar o acidente no decorrer do processo de trabalho.

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