PRÁTICA OBSTÉTRICAS NA ASSISTÊNCIA AO PARTO: ENFOQUE NA HUMANIZAÇÃO

Maysa Almeida Silva, Dayane da Rocha Pimentel, Debora Martins Werkema, Lays Janaina Prazeres Marques

Resumo


Introdução: Com o modelo hospitalocêntrico da assistência obstétrica pautado em procedimentos técnicos/mecanicista, observa-se cada vez mais lacunas no exercício da humanização, a exemplo da reprodução de práticas intervencionistas sem a devida indicação e o distanciamento da mulher como protagonista no processo de parturição. No processo de humanização do período gravídico-puerperal, a assistência à mulher deve estar fundamentada em princípios como a integralidade e autonomia na participação social da usuária. Estes aspectos demandam a contínua avaliação das práticas executadas nos serviços de saúde que refletem elevadas taxas de morbimortalidade materna e neonatal, por vezes, passíveis de prevenção. Objetivo: Retratar as práticas que contribuem para efetivar o processo de humanização na assistência ao parto e os benefícios ao segmento materno-infantil. Métodos: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com abordagem exploratória. Para a seleção dos artigos foram utilizadas as bases de dados SCIELO, LILACS E PUBMED, bem como Revistas Nacionais de Enfermagem e documentos do Ministério da Saúde. Nas amostras foram consideradas as publicações segundo critérios de refinamento relacionados à disposição íntegra dos textos, com publicação datada entre os anos de 2010 a 2015. Resultados: O Ministério da Saúde traz a discussão sobre assistência humanizada as parturientes, por meio da criação do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar e Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento, com o objetivo de estimular uma melhoria na assistência obstétrica. O Enfermeiro tem papel fundamental no empoderamento da mulher durante o trabalho de parto e na elaboração do planejamento da assistência voltado para atender as dimensões espirituais, psicológicas, sociais e biológicas, respeitando-a de maneira integral e holística. Entre as práticas que devem ser estimuladas, destacam-se: a oferta de líquidos por via oral, o apoio empático pelos prestadores de serviço, o respeito à escolha da mulher, utilização de métodos não invasivos e farmacológicos para alívio da dor, promover a liberdade de posição e movimento, contato pele a pele precoce entre mãe e filho e apoio ao início da amamentação na primeira hora após o parto. Conclusão: A equipe de enfermagem tem papel relevante no processo de humanização hospitalar, contribuindo para aumentar o conforto físico, psicológico e fortalecer o vínculo das mães e de seus recém-nascidos. A rotina dessa prática profissional visa à promoção do parto para o nascimento de uma criança saudável, reduzindo complicações e prevenindo a mortalidade materna-infantil.

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