BENEFÍCIOS DA COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA PARA UMA ASSISTÊNCIA HUMANIZADA E EFETIVA AO PACIENTE CRÍTICO.

Resumo

Introdução: No contexto hospitalar, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma unidade de internação altamente especializada, que dispõe de tecnologia e equipamentos diferenciados, preparada para atender pacientes graves ou potencialmente graves. Comumente, devido às inúmeras atribuições da equipe de Enfermagem nessa unidade, o tempo reduzido destinado à assistência reflete na priorização do cuidado em aspectos técnicos e na precarização da comunicação entre os profissionais e o paciente. Muitas vezes, os profissionais parecem descuidar de outras dimensões, como a sensibilidade e o diálogo como importantes estratégias para prestar o cuidado com qualidade, o que contribui para tornar a assistência menos humanizada. Objetivo: Identificar na literatura científica os principais benefícios da comunicação terapêutica para uma assistência humanizada e efetiva ao paciente crítico. Método: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, cujos dados foram coletados nas bases de dados Lilacs e BDENF, no período de 2010 a 2015. Para proceder as buscas utilizaram-se as palavras chaves: Comunicação em Saúde, Unidade de Terapia Intensiva, Cuidados de enfermagem. Após análise pelos autores 12 artigos compuseram a amostra final do estudo devido a sua relevância temática. Resultados: O uso da comunicação como instrumento de cuidado, especialmente no contexto da terapia intensiva, estimula a reação do paciente, podendo ajudá-lo a superar problemas, a relacionar-se com os demais e a ajustar-se ao que, muitas vezes, não pode ser mudado. O cuidado precisa considerar a necessidade de comunicação do paciente para o exercício de uma prática assistencial humanizada. Entretanto, a UTI tornou-se um ambiente em que a técnica se sobrepõe aos aspectos interacionais do cuidado, uma vez que os profissionais que ali desenvolvem suas ações estão constantemente lidando com máquinas e procedimentos de alta complexidade, o que acaba por contribuir para uma assistência tecnicista e mecanizada. Conclusão: Os resultados obtidos possibilitam a compreensão de que a comunicação é um instrumento essencial na prática de enfermagem. É por intermédio dela que o enfermeiro tem a possibilidade de conhecer o paciente, identificar suas necessidades e problemas atuais, com o intuito de ajudar no seu processo de recuperação. Contudo, aliar os recursos tecnológicos aos valores humanitários na UTI, ainda é um desafio para a equipe de enfermagem, o que nos mostra a necessidade de reorganização desse cenário de cuidado no intuito de ofertar uma assistência integral e holística.