A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO PERFUSIONISTA NA CIRÚRGICA CARDÍACA

Diego da Silva Neves, Salete Maria de Fátima Silqueira, Valéria Cristina da Silva, Wágner do Nascimento Carvalho

Resumo


Introdução: O enfermeiro estabelece um forte elo entre paciente e demais profissionais. Ao paciente que submete à cirurgia cardíaca, o fortalecimento deste elo é fator significante para uma evolução favorável(1). A cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea (CEC) representou um grande marco na medicina no século XX, com novas possibilidades para o tratamento de doenças cardíacas. A máquina substitui a função do coração, bombeia o sangue de volta ao corpo, e do pulmão, oxigenando o sangue venoso que chega à máquina. O perfusionista, membro da equipe de cirurgia cardiovascular, possui pré-requisitos definidos nas áreas da saúde e ciências biológicas, com conhecimentos de fisiologia circulatória, respiratória, neurológica, sanguínea e renal, centro cirúrgico, esterilização e treinamento específico no planejamento e condução dos procedimentos de circulação extracorpórea (2). Objetivos: Relatar a experiência de um enfermeiro perfusionista e suas principais atribuições na cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea. Método: trata-se de um relato de experiência de um enfermeiro perfusionista da equipe de cirurgia cardiovascular do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, no período de 01/09/15 e 01/09/16. Resultados: A atuação do enfermeiro perfusionista demonstrou particularidades dessa especialização. O atendimento aos pacientes inicia-se quando o profissional faz o acolhimento pré-operatório, entrevista, exame clínico incluindo os dados antropométricos, análise de exames laboratoriais, orientações. Através destes dados, faz-se o planejamento da perfusão e técnicas a serem adotadas para a condução da perfusão. Realiza-se a separação do material para utilizar no procedimento e a conferência do funcionamento dos aparelhos. No início da cirurgia, montam-se os equipamentos e aparelhos a serem utilizados durante a CEC. Durante a cirurgia realiza a CEC, fazendo correções e intervenções necessárias, sob supervisão médica. Após a cirurgia, acompanha o paciente até a unidade coronariana intensiva. Conclusão: Com o avanço das tecnologias e técnicas na área de cirurgia cardiovascular, surgiu a oportunidade da perfusão para o profissional enfermeiro. Considerando que seja um desafio por se tratar de um procedimento complexo que exige além da capacitação, uma interação intensa com a equipe escalada para participar da cirurgia e principalmente com o cirurgião que está realizando o procedimento. Mesmo com esses desafios, uma vez que o serviço está amparado de protocolos assistenciais baseado em evidências, o trabalho flui para prestar assistência de qualidade ao paciente que submete ao procedimento cirúrgico e deve-se constantemente adotar revisões, adaptações e melhor aplicabilidade no contexto profissional.

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