ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM PACIENTE COM ESCLERODERMIA SISTÊMICA: RELATO DE CASO

Jessica Thamires da Silva Melo, Gabriela Lopes de Almeida, Nauã Rodrigues de Souza, Daniela de Aquino Freire, Marcos Antônio de Oliveira Souza, Isabel Cristina Ramos Vieira Santos

Resumo


Introdução: Esclerodermia é uma doença autoimune rara que provoca ativação do sistema imunológico, dano vascular e aumento na síntese e na deposição de fibras de colágeno. Causa fibrose, espessamento cutâneo e acomete órgãos internos. Sua etiologia ainda não está esclarecida, entretanto associa-se a fatores genéticos e ambientais. Tem maior incidência em mulheres na 3° a 5° década. Objetivo: Descrever as intervenções de enfermagem na assistência a um paciente acometido por esclerodermia. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de caso. Realizado em um hospital público estadual, com uma paciente internada na clínica médica. A coleta ocorreu mediante ficha de admissão e evolução da paciente no período de abril de 2016. Relato de caso: J.S.S, 31 anos, residente na Zona Rural de Bom Jardim, com queixa principal de astenia e dor em membros inferiores (MMII). Diagnosticada com Esclerodermia há aproximadamente 03 anos. Internada anteriormente devido à isquemia em segundo quirodáctilo direito com necrose da falange distal e fenômeno de Raynaud. Admitida na Clínica Médica com hipótese diagnóstica: esclerodermia, drenagem de derrame pericárdico, lesões úlceradas em MMII secundárias a esclerodermia. Estado geral regular, consciente, orientada, eupneica, desidratada (+/4+), afebril, acianótica, anictérica, hipocorada (2+/4+), edema em MMII (2+/4+). RCR em 2T, bulhas abafadas, S/S. MV+ em AHT diminuídos difusamente. Abdome depressível, tenso, indolor e sem VMG, RHA +. Dreno pericárdico sensível ao manuseio, drenagem serosa. Úlceras infectadas disseminadas em MMII, com sinais de necrose e edema. Evolui durante internamento com comprometimento sistêmico, com queixas de dispnéia, dor torácica, plenitude gástrica, retenção urinária e amenorreia. Discussão: No caso descrito há acometimento da pele, músculos e ossos, além de contraturas e retrações dos membros, indicando uma sobreposição das diversas formas clínicas. Sendo assim, a equipe de enfermagem foi fundamental no processo de assistência a esta paciente. As principais intervenções da equipe de enfermagem foram: Supervisão e cuidados da pele; Avaliação da dor, intensidade e fatores que interferem na dor; Administração de medicação; Monitorização de sinais vitais; Controle da nutrição; Cuidados com o repouso no leito; Controle de infecção; Precauções circulatórias; Assistência no autocuidado: banho/higiene; Cuidados relacionados ao controle e à manutenção da temperatura. Conclusão: A atuação da enfermagem de forma sistemática e qualificada foi essencial, pois contribuiu para minimizar os danos progressivos causados pela Esclerodermia, interferindo positivamente na assistência da paciente durante o período de hospitalização.

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