PREVENÇÃO DE INFECÇÕES ASSOCIADAS AO PICC: BUNDLES, UMA ALTERNATIVA PROMISSORA

CÍCERA MONIELE NETA, Luana Seyanne Gonçalves Silva, Kele Leandro Almeida, Natália Leite Dantas, Cíntia de Lima Garcia

Resumo


Introdução: O cateter central de inserção periférica (PICC) é um cateter longo e flexível, que é inserido em uma veia de localização periférica através de uma agulha introdutora, tendo como objetivo a monitorização invasiva, a coleta de sangue e a administração de fármacos e soluções por um período superior a sete dias. Dentre as vantagens da sua utilização, pode ser citada a terapia de média e longa duração, com menores taxas de complicações comparadas ao cateter venoso central, bem como redução do estresse e aumento do conforto e bem-estar do paciente. Objetivo: Identificar práticas executadas pelo enfermeiro para minimizar o risco de infecção associada ao uso do PICC. Método: Realizou-se um levantamento bibliográfico utilizando como base da coleta de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), no período entre junho e setembro de 2016. Para as pesquisas foram utilizados os seguintes descritores: cateterismo venoso periférico, enfermagem e prevenção de infecção em PICC. Foram incluídos trabalhos originais publicados entre 2012 e 2016, em português e com texto completo disponível. Foram excluídos os trabalhos que não versavam sobre a temática. Resultados: Foram encontrados 18 trabalhos, dos quais 11 atenderam aos critérios de seleção. Após a leitura dos trabalhos foi possível concluir que uma alternativa para a prevenção de infecções é a adoção de bundles: pacotes de boas práticas a serem utilizadas durante o cuidado prestado ao paciente. A higienização das mãos é uma medida preventiva muito importante, juntamente com a utilização de luvas estéreis para evitar a contaminação do cateter, haja vista que os principais microrganismos causadores das infecções são oriundos das mãos dos profissionais que manipulam este dispositivo. As intervenções de inspeção diária, bem como os curativos, por sua vez, objetivam prevenir e diminuir complicações relacionadas ao tempo de permanência do cateter. O enfermeiro deve ficar atento ao aparecimento de exsudatos, edema, hipertermia e vermelhidão da pele, pois são indicadores de infecção. É importante também observar sinais de sangramento. O curativo realizado com gaze deve ser trocado a cada 48 horas e a manipulação deve ser a mínima possível e seguir as técnicas assépticas. Conclusões: O enfermeiro, assim como toda a equipe que presta assistência ao paciente deve tomar os devidos cuidados para que a permanência do PICC não acarrete complicações e contribua para a sua recuperação.

Texto completo:

PDF


1) UnG - Universidade Guarulhos 2) Indexador: Latindex 3) Indexador: Dialnet