A INCIDÊNCIA DE HIV/AIDS NA TERCEIRA IDADE: REVISÃO DE LITERATURA

Jaalla Fúlvia Silva, Ingryd Mendes Cavalcanti Couto, Edla Nery Bezerra, Filipe Souza Lemos, Marilia Leyenn Fernandes de Santana Silva, Tatiane Gomes Guedes

Resumo


Os idosos costumam ser taxados como uma classe na sociedade em que a sexualidade parece ser inexistente, porém isso não procede e termina acarretando em sérios agravos a saúde destes. Nessa perspectiva, o Brasil encontra um novo paradigma, no qual a proporção de pessoas idosas com HIV/aids vem crescendo. Diante do exposto, o presente estudo teve como objetivo identificar a incidência de HIV/aids na terceira idade. Realizou-se uma revisão bibliográfica da literatura nas bases de dados LILACS, IBECS, MEDLINE e na biblioteca virtual SCIELO, utilizando os descritores "Terceira Idade, Geriatria e HIV. Foram encontrados 15 artigos. Selecionaram-se artigos publicados no período de 2006 a 2012, com o texto completo e no idioma português, totalizando 10. Após a leitura dos artigos na íntegra, 2 estudos compuseram a amostra da presente revisão bibliográfica. Nota-se um crescimento exorbitante de HIV na população idosa do país. Em um lapso temporal de 10 anos (1996 2006), observa-se que a taxa de casos aumentou aproximadamente em 50%. Dessa forma, o índice da população geriátrica com aids ultrapassou até mesmo o de adolescentes entre 15 e 19 anos. Em 1996 a proporção era de 3,6 em 100.000 habitantes e em 2006 subiu para 7,1. Isto ocorre em razão de uma série de fatores, como a falta de preparo por alguns profissionais da área de saúde que ignoram os sintomas dessa patologia, por acharem que esse grupo não realiza práticas sexuais. Além disso, também existe o aumento da expectativa de vida do país, a maior facilidade para a aquisição de medicamentos para distúrbios eréteis e um acréscimo de sobrevida na população com aids. Como observado ao decorrer do estudo a incidência de HIV/aids concernente a terceira idade tem aumentado gradativamente e já superou a de adolescentes. Em virtude desses dados podemos perceber que não existe uma faixa etária correta para que o indivíduo contraia HIV/aids, pois não existem grupos de risco, mas sim pessoas expostas a fatores de risco. Dessa forma, todos que não tomam os devidos cuidados estão sujeitos a esta patologia. Nota-se com isso, a necessidade de maior atenção e do desenvolvimento de ações de promoção da saúde sexual dos idosos, uma vez que esses se encontram em vulnerabilidade.

Palavras-chave


Terceira Idade; Gerontologia; HIV.

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