COMPREENSÃO DA SEXUALIDADE PARA INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA POPULAÇÃO IDOSA: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Adriana Alves de Oliveira Nascimento, Fidel da Silva Bezerra, Livia Alipio dos Santos Siqueira, Renan Ferreira da Silva, Kleber Oliveira Gomes da Silva, Julio Cesar Vila Nova

Resumo


Introdução: O envelhecimento, um processo fisiológico natural, traz consigo várias mudanças na vida do ser humano, não só no aspecto biológico, mas também no psicológico, social, no ser como um todo. Essas mudanças também influenciam na sexualidade da pessoa idosa, que é modificada por alterações de valores, sejam sociais, culturais ou religiosos, ou até mesmo por fatores biológicos que interferem na saúde sexual satisfatória. Porém, é uma realidade que a população idosa possui uma vida sexual ativa, portanto, sujeita a seus riscos. Objetivo: Descrever o papel do enfermeiro no que compete à orientação sobre sexualidade a população idosa. Método: Revisão integrativa da literatura norteada pela questão condutora: Como a sexualidade influencia na qualidade de vida da população idosa?. A pesquisa foi realizada nas bases de dados MEDLINE, LILACS e BDENF. Para a busca dos artigos foram utilizados os seguintes descritores do DECS de forma integrada, com o operador booleano AND: Idosos, Sexualidade, Enfermagem. Os critérios de inclusão foram artigos disponíveis publicados entre 2012 a 2017 nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola, que responderam à pergunta condutora deste estudo. O resultado final consistiu em 08 artigos, 01 dissertação, 01 revista e para discussão foram elencadas categorias temáticas, quais sejam: estigma social; vulnerabilidade da população idosa a ISTs ; melhora da qualidade de vida. Resultados e Discussão: Observou-se que 100% dos artigos concordam com o fato dos profissionais de saúde apresentarem dificuldade com a sexualidade dos idosos, tanto na sua abordagem como nas ações de saúde desenvolvidas na atenção primária, o que leva a traduzir a fragilidade dessa população. 100% dos artigos concordam com a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde na sexualidade dos idosos nas ações de prevenção e promoção da saúde. Observou-se que o estigma social de que idosos não possuem uma vida sexual ativa interferem no raciocínio clínico dos profissionais de saúde, desconsiderando esse fator na hora de identificar origens de possíveis patologias e demais queixas relatadas pelo paciente. Observou-se também a carência de políticas públicas e intervenções de enfermagem que atinjam essa população no que se refere a esse aspecto, uma vez que o conhecimento dos pacientes, na maioria das vezes, é insuficiente e repleto de preconceitos. Conclusão: Compete à enfermagem prestar esclarecimentos a população idosa, orientando de forma compreensível sobre possíveis dúvidas e o uso correto de preservativos, ajudando a identificar falsos diagnósticos, quando na verdade podem ser doenças sexualmente transmissíveis (ISTs) com sua hipótese ignorada, dessa forma, contribuindo para a melhora da saúde e bem-estar do paciente idoso, otimizando sua qualidade de vida.

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