CRIANÇA AUTISTA E A FAMILIA: UMA VISÃO DA ENFERMAGEM

Willian Divo Alvares Souza, Natália Thais Mendes Feitoza, Henry Johnson Passos de Oliveira, Felicialle Pereira Silva

Resumo


Introdução: O Autismo é um transtorno de desenvolvimento que aparece nos três primeiros anos de vida e que compromete a capacidade de interação social e comunicação do acometido. A criança autista requer um cuidado rigoroso, por se tratar de um transtorno considerado de grave sofrimento mental. O cuidado intenso acaba deixando os pais e/ou familiares sobrecarregados, por ficarem expostos a diversos desafios diários sejam eles econômicos, emocionais, financeiros, culturais bem como a dificuldade apresentada, principalmente pelos pais, em enfrentar o desafeto demonstrado pelo autista. As orientações oriundas dos profissionais de saúde para com esses familiares são de fundamenta importância para uma assistência mais adequada e humanitária, auxiliando assim a família a lidar e superar toda a problemática proveniente da doença. Objetivos: Analisar o impacto do autismo no ambiente familiar. Método: Revisão integrativa da literatura, com buscas nas bases de dados eletrônicas SciELO, MEDLINE e LILACS. Após corte temporal entre os anos de 2015 a 2017 foram encontrados 53 resultados de artigos que se enquadraram nos termos: Enfermagem no autismo, autismo e qualidade de vida e abordagem da enfermagem frente ao paciente autista. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 9 artigos foram selecionados por responderem aos objetivos da revisão. As informações obtidas foram categorizadas de forma estruturada para discussão Resultados e Discussões: Verificou-se que devido ao estado mental do filho, o bem-estar dos pais é prejudicado devido ao desgaste emocional em não saber lidar com o transtorno. A ausência de informação sobre a doença foi um dos principais cofatores da causa desse desgaste da família, visto que, em sua maioria, os pais lidam com profissionais que não possuem conhecimento cientifico sobre o tema. A educação e a inclusão também foi um problema evidenciado pelos pais, onde os mesmos tinham medo que, devido aos sintomas, os filhos fossem excluídos da sociedade. A questão do isolamento social e desafeto demonstrado pelo autista evidenciou uma complexa trama já que os pais não compreendem esse distanciamento o que leva a uma quebra de um padrão social onde a afetividade dos filhos pelos pais é não é referenciada como o normal. Conclusão: É de extrema importância a educação em saúde para os familiares a fim de minimizar os impactos causados pelo diagnostico e, inclusive, a condição patológica do transtorno autista. Os profissionais de enfermagem devem estar abertos e aptos a esclarecerem as dúvidas dos familiares de uma forma didática e coesa, e, sempre buscar atualizações acerca do autismo e ao cuidado frente a essa problemática a fim de promover uma melhor aceitação dos envolvidos e um melhor prognostico geral.

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