PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PROFISSIONAIS DO SEXO DA REGIÃO METROPOLITANA

Jaqueline Assis Ferreira de Oliveira, Jeane Karina Melo de Araujo, Noelly Belarmino Santos de Lima, Apolonio Alves de Lima Junior

Resumo


Introdução: O aumento das ocorrências de doenças sexualmente transmissíveis (DST) é uma realidade e grave problema de saúde pública, pois os agravos decorrentes prejudicam grande parcela da população. Os profissionais do sexo é um dos grupos mais exposto ao contagio e a Transmissão de Doenças Infecciosas, pelo número de parceiros e por muitas vezes, violências sofridas no exercício de sua profissão. Considera-se profissional do sexo toda pessoa maior de dezoito anos absolutamente capaz que voluntariamente presta serviços sexuais mediante remuneração. Nestes cenários, entretanto, existe lacuna científica acerca de estudos com este grupo vulnerável. Assim, é imperioso compreender a dinâmica do uso de preservativos e a identificação do padrão de prevenção usado, visando o planejamento do cuidado e da assistência integral à saúde. Objetivos: Descrever o padrão de uso de preservativo e os meios de proteção aplicados por profissionais do sexo na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Método: Estudo exploratório, transversal, com abordagem quantitativa. A população do estudo foi constituída por adultos com idade maior ou igual a 18anos que exercem sua profissão na região metropolitana do Recife. Foi utilizado roteiro de entrevista semiestruturado. Os dados foram analisados descritivamente por meio das medidas estatísticas: média, desvio padrão e mediana para a variável idade e de distribuições absoluta e percentual uni e bivariada. Resultados: Foram entrevistadas 130 profissionais do sexo sendo 39 homens 30% e 91 mulheres 70%, com faixa etária entre 18 a 40 anos, relatarão uma jornada de trabalho em média de quatro dias semanais com 40 horas de trabalho e que a média de atendimento diário seria de 5 clientes dia. Dos entrevistados, 100% informaram o conhecimento do uso de preservativo feminino e masculino como principal barreira de proteção as Doença Sexualmente Transmissível (DST), e a principal preocupação relatada foi com o HIV, porem 90% informou o não uso de preservativo em sexo oral bem como o desconhecimento da transmissão de DSTs por esta via, em média 84% não sabia informar as formas de contágio e sintomas de DSTs como sífilis, gonorreia e clamídia, entre as mulheres 16% relatarão o atendimento de clientes femininos sem qualquer uso de preservativo 40% relatarão ter em média 3 parceiros fixo e não usarem preservativos com os mesmos, apenas 20% dos entrevistados alegaram ter feito teste para DSTs nos últimos 6 meses e apenas 40% nos últimos 12 meses. Conclusão: Evidencia-se o elevado padrão de desinformação a respeito das DSTs e suas formas de contagio, assim o grande risco a que estes profissionais estão expostos e expõem seus parceiros e clientes torna-se incomensurável. O papel dos profissionais de enfermagem neste contexto, faz-se essencial e indispensável, tendo suas práticas baseadas em evidências, traçando estratégias para a prevenção, tratamento e a propagação do conhecimento para a população acerca das DSTs , para que assim o conhecimento seja propagado e a prevenção seja real e eficaz.

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