AÇÃO ANTIPARASITARIA DA PROPOLIS VERMELHA EM SCHISTOSOMA MANSONI

Thiago Oliveira Lima, Rogério Pereira Xavier, Marcos Paulo Nascimento da Silva, Bruno Bueno Silva

Resumo


Introdução: Desde o final da década de 1970, o tratamento para esquistossomose, doença causada por helmintos do gênero Schistosoma que afeta mais de 200 milhões de pessoas, se limita apenas ao uso de um único fármaco, o praziquantel. Considerando a biodiversidade brasileira, o uso de produtos de origem natural tem se mostrado promissor na busca por novos agentes anti-helmínticos. A própolis brasileira destaca-se entre os produtos naturais por apresentar diversas propriedades biológicas, especialmente ação antimicrobiana. Objetivo: Avaliar o efeito antiparasitario da própolis vermelha em vermes adultos de Schistosoma mansoni ex vivo. Método: Pares de vermes obtidos de camundongos foram lavados 2 vezes em meio RPMI 1640 contendo penicilina 200 U/ml, estreptomicina 200 µg/ml e transferidos em placas para cultura de células com 24 poços contendo, por poço, 1 casal de vermes em 2 mL de meio RPMI 1640, suplementado com 10% de soro fetal bovino. Própolis foi avaliada nas concentrações de 100 µg/mL, 50 µg/mL e 25 µg/mL. Praziquantel 2 µg/mL foi utilizado como controle positivo e poços contendo somente meio de cultura foram usados como controle negativo. As culturas foram monitoradas por microscopia ou lupa considerando a mortalidade, motilidade, alterações morfológicas no tegumento e a capacidade reprodutiva. Resultados: Própolis nas concentrações de 100 µg/mL, 50 µg/mL e 25 µg/mL foi capaz de reduzir a motilidade e causar a morte dos adultos de S. mansoni. Nos vermes expostos também se observou alterações morfológicas no tegumento. Conclusão: Em conjunto, os resultados revelam o potencial da própolis vermelha como um agente anti-helmíntico.

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