PODODERMATITE ASSÉPTICA DIFUSA - RELATO DE CASOS

Monique Resende, Leticia Ronco de Oliveira, Katarina Gabriela Menezes de Souza, Paola Almeida de Araujo Goes, Marcio Augusto Ferreira

Resumo


Introdução: a laminite equina é classificada como um processo inflamatório que atinge o tecido laminar dos pés, que se manifesta por uma diminuição da perfusão capilar no interior do casco, ocorrendo a formação de "shuntings" arteriovenosos, acometendo os membros anteriores, necrose isquêmica das lâminas e dor, podendo levar a um grau de rotação da falange distal, dependendo das lesões causadas. Outra teoria que vem sendo aceita é que a laminite é causada por uma diminuição da concentração de glicose nos tecidos do casco, ocasionando a falência das células por falta de energia, causando separação lamelar pela ativação da produção de metaloproteinases. Objetivo: descrever o quadro de dois equinos com diagnosticados provável de pododermatite asséptica difusa. Desenvolvimento: estudo de caso clínico no qual foram avaliados uma égua da raça apalooza com 10 anos de idade com peso de 480 Kg, e um cavalo da raça quarto de milha com 12 anos de idade com peso de 342 Kg, admitidos junto à Clínica Cirúrgica de Grandes Animais do Hospital Veterinário da Universidade Guarulhos (UnG), apresentando claudicação, relutância em se locomover e deformidade do casco. O macho já apresentava a rotação da falange há 1 ano, perfuração da sola e ocorrendo a troca de casco recentemente com ajuda de um suplemento a base de zinco, metionina, lisina e biolina, elementos estes que atuam no crescimento e manutenção da integridade do casco, administrado pelo proprietário. Foram realizados raio-x de membros anteriores e como tratamento anti-inflamatório, para a fêmea foi realizado o uso de Fenilbutazona (4,4 mg/kg (8 ml)), IV, e no macho Fenilbutazona (2,2 mg/kg (5,2 ml)), IV respectivamente, associado com duchas frias e bolsas de gelo por meia hora todos os dias, ocasionando sensação de bem-estar para os animais. Concomitantemente aos procedimentos medicamentosos, foi indicado o casqueamento retirando o excesso de muralha a cada 45 dias, rebaixando os talões para evitar o aumento da rotação, o uso de ferraduras em forma de coração para auxiliar na melhora da perfusão sanguínea e impedir ou corrigir a rotação da falange, o uso de botas ortopédicas para os cascos para a proteção do casco e conforto para dor crônica, diminuição de carboidratos, fora do trabalho, delimitação de espaço, uso de anti-inflamatórios por 3 dias quando o animal apresentar dor e a manutenção dos cascos limpos. A partir dos resultados obtidos com exames clínicos e complementares como radiografia dos membros anteriores direito e esquerdo dos dois animais, observou-se perda no paralelismo da 3° falange com a muralha do casco, com possível aprofundamento de sola e espaçamento entre as lâminas dérmicas, o diagnóstico foi fechado como laminite crônica. Conclusão: o manejo correto em relação à alimentação, realização de duchas e bolsas de gelo, diminuição do trabalho e a utilização de medicamentos, podem ajudar na diminuição do quadro crônico.

Palavras-chave


Laminite; Claudicação Intermitente; Falange distal; Manejo

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