CORREÇÃO DO SORRISO GENGIVAL ATRAVÉS DA TÉCNICA MINIMAMENTE INVASIVA: RELATO DE CASO

Kamily Alves de Carvalho Chiconelo Sanches, Edwin Jonathan Meza, Tamires Szeremeske de Miranda

Resumo


Introdução: Atualmente a preocupação com a estética do sorriso tem se tornado umas das principais buscas dos pacientes em consultórios odontológicos, entre elas a correção do sorriso gengival. O sorriso gengival é descrito pelo excesso de tecido gengival sobreposto a coroa clínica do dente. Dentre os fatores causais encontram-se a hiperatividade do musculo elevador do lábio superior, supercrescimento vertical da maxila, alargamento gengival ou alterações na erupção passiva, sendo os dois últimos passiveis de correções através de procedimentos cirúrgicos. A gengivoplastia é uma técnica cirúrgica que permite corrigir o contorno gengival, deixando harmônico e restabelecendo o tamanho da coroa do dente para alcançar um sorriso com menor exposição de tecido gengival. A técnica cirúrgica mais comum utilizada é a do bisel interno, neste tipo de incisão, a lâmina do bisturi é posicionada 45º em direção apical, em relação ao longo eixo do dente. Após a incisão e remoção do colar de tecido mole, duas outras técnicas podem ser escolhidas para reestabelecer o espaço biológico. A técnica convencional, que consiste em uma segunda incisão intra-sulcular e descolamento do retalho para exposição do tecido ósseo. Já na técnica minimamente invasiva o espaço biológico é restabelecido via sulco, sem a necessidade de levantamento do retalho, isso elimina a necessidade de suturas para reposicionar o tecido, consequentemente alguns estudos relatam menor desconforto para o paciente durante o procedimento cirúrgico e também no período pós-operatório. Objetivo: Relatar um caso clínico de gengivoplastia realizado através da técnica minimamente invasiva. Metodologia: Paciente de 22 anos de idade, do gênero feminino, sem nenhum comprometimento sistêmico, procurou a clínica de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Guarulhos com queixa de mostrar muito a gengiva ao sorrir. No exame intra-oral foi observado ausência de doença periodontal, pobre controle de placa (índice de placa = 42%) e um excesso de tecido gengival de aproximadamente 3 a 4 mm sobre os incisivos centrais, laterais e caninos superiores. Como consequência do excesso de tecido gengival, a paciente apresentava tamanhos de coroas clínicas curtas com um comprometimento estético pela presença de um sorriso gengival, e também apresentava a ausência de harmonia no posicionamento dos zênites. No exame radiográfico, não se observou perdas ósseas interproximais. Paciente foi então submetida a raspagem supragengival e orientação de higiene para melhor controle de biofilme. Após terapia básica periodontal, a paciente foi encaminhada para realização da cirurgia através da técnica minimamente invasiva. Resultados: Após 7 dias foi realizada o primeiro pós-operatório onde foi possível observar que o plano de tratamento e a técnica propostos para esse caso promoveram uma melhora estética nesta paciente que apresentava excesso de tecido e um inadequado contorno gengival, que se manteve até o ultimo pós-operatório deste caso (40 dias). Conclusão: A literatura nos mostra que a técnica minimamente invasiva utilizada no caso relatado confere ao periodontista um ganho em tempo operatório e ao paciente um menor desconforto durante o processo de cicatrização. Assim como a técnica convencional, a técnica minimamente invasiva também apresenta resultados satisfatórios em seu pós-operatório. Concluímos que a técnica minimamente invasiva para este caso, foi capaz de promover a correção e melhora no sorriso gengival com contorno harmônico e simétrico.

Palavras-chave


Gengivoplastia, Gengivectomia, Cirurgia plástica.

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