INDUÇÃO DA ESCOLHA DO PARTO EM PACIENTES SOROPOSITIVAS

Diogo Rodrigues Sales

Resumo


Introdução: A realização do pré-­natal é de suma importância na vida de uma mulher grávida. O teste anti­HIV é rotineiramente solicitado na tentativa primária, diminuindo assim o risco de transmissão vertical, além de aumentar o processo de educação em saúde. Para gestantes em uso de antirretrovirais e com supressão da carga viral sustentada, caso não haja indicação de cesárea por outro motivo, a via de parto vaginal é indicada. Devido à importância da manutenção do princípio da Autonomia, os profissionais de saúde, sobretudo da atenção básica, devem ministrar a educação e a prevenção em sua especificidade, além de evidenciar os riscos em todo o processo desde o período gravídico até o pós­-parto. Objetivo: Identificar a coação da autonomia da escolha do parto em mulheres soropositivas. Método: Trata­-se de uma revisão integrativa, com busca nas bases de dados BDENF, LILACS, MEDLINE,no período de Julho a Setembro de 2018. Foram incluídos os artigos disponíveis nos últimos 5 anos, por meio dos descritores: Gestantes, Soro positividade, Humanização. Associados ao operador booleano ''and'' foram encontrados 30 artigos, após ser lidos e analisados, mediante critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 7 artigos que se enquadravam na temática proposta. Resultados e discussão: Foi observado o desconhecimento dos profissionais de saúde sobre o conhecimento dos tipos de vias de parto que as gestantes soropositivas podem escolher utilizando a dose de ataque com AZT a cada 1 hora até o momento do parto, e a medida profilática materna de cefalotina ou cefazolina em dose única de 2 g intravenosa. Identificado que o exame anti­HIV é realizado de forma compulsória, ou seja, não considerando a autonomia da gestante e o aconselhamento que era para ser amplo, se limitou apenas a dar orientações no pós-­teste somente as gestantes com soropositividade para o HIV. Além disso, foi notório que as dúvidas das gestantes sobre este exame muitas vezes não são abordadas pelos profissionais, onde na maioria das vezes não têm um olhar holístico para com a paciente. Conclusão: Os estudos revelam que a baixa ou falta de escolaridade entre a população mais carente está associado ao desconhecimento sobre HIV/AIDS e suas complicações na gestação, fazendo-­se assim necessário que os profissionais da saúde, principalmente o enfermeiro esteja sempre se capacitando quanto aos saberes relacionado a soro positividade, inclusive no que diz respeito aos tipos de vias de parto. Deve-­se iniciar zidovudina(AZT) por via intravenosa a partir o início do trabalho de parto até o clampeamento do cordão umbilical. E isso contribuirá para que essa gestante não seja induzida ao parto Cesário, mas que ela exerça a sua autonomia.

Palavras­-chave: gestantes, soro positividade para HIV, humanização.

Palavras-chave


gestantes, soro positividade para HIV, humanização.

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