A CARÊNCIA NUTRICIONAL E O DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS BUCAIS

Gabriela Mariana Cruz Pimentel, Morganna Pollynne Nóbrega Pinheiro

Resumo


OBJETIVO: Investigar a relação existente entre pacientes com carência nutricional e a suscetibilidade à periodontite bem como a outras doenças bucais e dentárias. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica no qual foram utilizados artigos científicos indexados nos bancos de dados PubMed, Scielo, BVS, Lilacs, ASN- American Society for Nutrition, utilizando os seguintes descritores: nutrição, nutrição do idoso, periodontite, saúde bucal e estado nutricional. Dentre 25 artigos escolhidos para análise, sendo excluídos os de publicação anterior à 2012 e os que não atendiam ao interesse da pesquisa, dessa forma, foram selecionados 5 artigos internacionais publicados durante o período de 2012 a 2018. RESULTADOS: Nutrientes são essenciais para os processos que ocorrem no corpo humano, pois atuam como fontes de energia direta na forma de macronutrientes e como cofatores em processos biológicos na forma de micronutrientes. A deficiência de micronutrientes como vitamina A, vitamina C, vitamina E, glutationa e melatonina, por exemplo, podem estimular o desenvolvimento e progressão da periodontite pois, estes antioxidantes auxiliam a superar a inflamação causada por espécies reativas de oxigênio. Alguns alimentos possuem uma rica quantidade de macro e micro nutrientes, e também atualmente existem no mercado suplementações para pacientes com deficiências dos mesmos com a perspectiva de suprir as necessidades nutricionais de forma isolada, com isso, pode ocorrer a prescrição de uma dieta rica em alimentos fonte, bem como um complemento a partir de suplementação. Pacientes com diminuta ingestão de alimentos lácteos que são ricos em cálcio, macronutriente essencial para formação e sustentação de ossos e dentes, têm uma predisposição para desenvolver doenças bucais. No entanto, os pacientes que fizeram uso, em dosagens recomendadas, de alimentos lácteos, de whey protein (proteína do soro do leite) e de caseína apresentaram menor prevalência de periodontite. Acerca de altas quantidades, além do recomendado pelo nutricionista, é necessário um estudo mais detalhado. A relação entre a baixa ingestão nutricional pode estar relacionada a diversos fatores, em crianças, a adaptação ao processo de desenvolvimento dentário; a população no geral, que possui um alto consumo de alimentos industrializados e o consumo deficiente de frutas e verduras que são ricas em macro e micro nutrientes essenciais; em idosos o uso de próteses dentárias, alterações fisiológicas e patológicas do paladar e perda da habilidade mastigatória conferem um quadro de insegurança alimentar; fatores socioeconômicos que influenciam financeiramente no consumo de alimentos de menor custo; problemas físicos, emocionais e sociais, em pacientes de todas as faixas etárias, mas principalmente em idosos, podem afetar o apetite ou a capacidade de obtenção, preparo e consumo dos alimentos. CONCLUSÃO: A diminuição da ingestão correta de nutrientes acarreta um quadro de fragilidade no sistema imunológico que predispõe o paciente a desenvolver doenças bucais. A condição da boca e dos dentes em adultos, crianças e idosos, afeta a capacidade de ingerir certos alimentos e com isso absorver nutrientes em quantidades necessárias para o organismo. A ingestão de uma dieta balanceada, rica em macro e micro nutrientes, a manutenção de hábitos de higiene bucal e acompanhamento odontológico frequente, diminuem a incidência de doenças bucais, gerando uma melhora na qualidade de vida.

Palavras-chave


NUTRIÇÃO. NUTRIÇÃO DO IDOSO. PERIODONTITE. SAÚDE BUCAL. ESTADO NUTRICIONAL.

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