INFLUÊNCIA DA SAÚDE BUCAL NA GRAVIDEZ: REVISÃO DE LITERATURA

Roniery de Oliveira Costa, Gabriela Fernandes Ramalho

Resumo


Objetivo: Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a influência da saúde bucal na gravidez, desmistificando crenças populares relacionadas ao período gestacional. O trabalho também tem como objetivo falar sobre o agravamento de determinadas doenças bucais e como elas podem interferir na formação do feto, evidenciando a importância de consultas pré-natais e todo o cuidado necessário à assistência odontológica da mulher. Materiais e métodos: O trabalho refere-se a um estudo descritivo e qualitativo realizado através de revisão bibliográfica. Foram pesquisados nas bases de dados ScieLO (Scientific Eletronic Library Online), MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências), Pubmed, Bireme, BBO, Google Acadêmico e outros (sites e revistas), no período de 2014 a 2018. Foram incluídos os trabalhos com grande relevância clínica e científica; foram excluídos os trabalhos que não traziam informações necessárias, não compactuando com o conteúdo abordado na pesquisa. Foram utilizados os seguintes descritores: patologias gestacionais, influência da saúde bucal na gravidez e alterações da microbiota bucal em gestantes. Foram triados 32 artigos relevantes, nos quais apenas 14 apresentavam evidências científicas sobre a influência da saúde bucal na gravidez. Resultados: Na gravidez, devido ao desenvolvimento de um embrião, o corpo necessita de uma quantidade maior de hormônios no organismo, necessários a vida do feto. O corpo passa por um estado de grandes mudanças fisiológicas e patológicas que exige uma adaptação necessária. Devidos todas essas alterações, obteve-se resultados que revelaram a decorrência de gengivite no período gestacional, pois a produção de hormônios favorece várias inflamações, inclusive o sangramento na gengiva, percebeu-se também que problemas na gengiva podem induzir o nascimento prematuro. A gestação pode favorecer o surgimento da cárie, devido a frequência de vômitos acompanhados de uma má higienização, juntamente com a fermentação de resíduos na cavidade bucal, favorecendo então o surgimento da doença cárie. Também foi observado que gestantes de classes sociais mais baixas e sem escolaridade, demonstraram ter um menor conhecimento, repassando assim os mesmos costumes dos seus antepassados, sem se certificarem de que tais atos trariam benefícios ou malefícios, em comparação às gestantes de classes sociais mais altas e com escolaridade, em que havia uma maior procura ao auxílio de profissionais que os direcionassem a medidas corretas. Conclusão: Conclui-se que o cuidado com a saúde bucal na gestação é de grande necessidade, devido as mudanças ocorridas no organismo da mulher, principalmente na cavidade bucal, o que justifica a necessidade de um acompanhamento de um cirurgião-dentista. Sabe-se que estamos abordando duas vidas e que elas precisam de toda assistência necessária. Entende-se que a sociedade em que um indivíduo vive influencia em seus hábitos, conhecimentos, e até mesmo no acesso a saúde, como também a informações cientificas, em que a população é levada por conhecimentos que não possuem nenhuma credibilidade. Percebe-se então que reformular um novo pensamento em gestantes que vivem em uma cultura que não tem conhecimentos de saúde é um grande desafio, e para que haja promoção de saúde esses desafios precisam ser superados através de projetos descentralizadores, que alcancem toda a população. A saúde bucal precisa sim de um acompanhamento e de uma atenção maior, deve-se obter o controle de placa, uso de flúor, obter tratamento para inflamações na gengiva, promovendo saúde bucal à gestante, evitando que determinadas inflamações cheguem a corrente sanguínea, para que o feto não venha sofrer prejuízos em sua formação.

Palavras-chave


Cárie. Gravidez. Saúde bucal. Pré-natal.

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