A IMPORTÂNCIA DO ODONTÓLOGO EM AMBIENTES HOSPITALARES

Isaura Elisa Silva Araujo, Thaís Silveira Barbosa, Armiliana Soares Nascimento

Resumo


Objetivo: Avaliar a importância da atuação do profissional de odontologia em ambientes hospitalares para os devidos cuidados de pacientes internados. Metodologia: foi efetuada uma pesquisa na base de dados Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Inicialmente foram identificados 51 artigos e, após elegibilidade baseada no critério especificidade sobre os temas conhecimentos e práticas em saúde bucal em setores de alto risco como unidades de tratamento intensivo e oncologia pediátrica, além de um estudo baseado no consentimento esclarecido de odontologia nos hospitais, foram escolhidos 4 artigos para inclusão nesta revisão de literatura, usando as seguintes palavras-chave: Odontologia, Prestação de assistência odontológica, Assistência odontológica para doentes crônicos, Higiene bucal e Patogênicos. Resultados: através da referida revisão, pôde-se observar que na maioria dos centros hospitalares, sejam eles públicos ou privados, não consta a presença do profissional Cirurgião Dentista, havendo inclusive uma escassez do tema na literatura. Devido à ausência do odontólogo, o profissional que realiza a limpeza e demais procedimentos na região oral dos pacientes que se encontram internados são os enfermeiros e técnicos em enfermagem, de forma que os realizam sem qualquer protocolo de saúde bucal. Pesquisas feitas com enfermeiros e técnicos de enfermagem mostram que 90% desses profissionais não seguem qualquer protocolo de cuidado em saúde bucal do paciente hospitalizado - uma vez que este até o presente momento mostra-se inexistente - utilizando apenas os conhecimentos adquiridos em seu cotidiano. Em casos de pacientes intubados, por estes possuírem maior risco de serem colonizados por bactérias em sua cavidade oral por esta estar em constante contato com outros instrumentos necessários para sua estabilidade vital, é essencial que hajam cuidados redobrados com esses pacientes. Estudos recentes avaliaram a prevalência de patógenos respiratórios invadindo a boca de pacientes que estão internados, havendo maior presença de placa dental e mucosa. Também é observado que 65% dos pacientes examinados apresentavam Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e 10 outros gêneros de bacilos gram-negativos, além de hemorragias gengivais. Ao mesmo tempo, estudos realizados com pacientes oncológicos mostram que devido os agentes quimioterápicos serem conduzidos por vias sistêmicas, eles são capazes de provocar distúrbios após serem administrados, tendo como principais efeitos colaterais a mucosite, náuseas, regurgitação, xerostomia temporária comprometida por ulcerações, sangramentos gengivais e candidíase oral, aumentando, assim, a agressividade à saúde no curso do tratamento como um todo, tendo como consequência alterações na microflora e o aumento significativo de Streptococcus mutans, que, somados a uma difícil higiene bucal, favorecem o aparecimento de lesões de cárie. Conclusão: a presença efetiva e de caráter integral de profissionais cirurgiões dentistas em ambientes hospitalares públicos e privados, além de mostrar-se inteiramente necessária na atenção à saúde, pode refletir diretamente nos desfechos clínicos, sendo de grande importância para o combate direto de infecções, amenizando as infestações e consequentes manifestações na região oral. Além disso, a participação do cirurgião dentista como apoio a equipe pode otimizar o trabalho multidisciplinar necessário para a devida estabilidade física e mental do doente, desenvolvendo atividades de auxílios específicos, e atuando como educador na prevenção de doenças e na promoção de saúde em sua área.

Palavras-chave


Odontologia; Prestação de assistência odontológica; Assistência odontológica para doentes crônicos; Higiene bucal; Patogênicos.

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