AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE GIARDIA SPP., POR FAIXA ETÁRIA, EM CHINCHILAS (CHINCHILLA LANIGERA) CRIADAS EM CATIVEIRO NA GRANDE SÃO PAULO

Priscila Nascimento, Aldo Francisco Alves Neto

Resumo


Introdução: Chinchilla lanigera é um roedor que habita naturalmente as regiões das cordilheiras costeiras do Chile. Há alguns anos, o número de chinchilas em cativeiro tem aumentado, não só para criação comercial de peles, mas como animais de estimação. A infecção por Giardia spp. é a protozoonose com maior frequência em chinchilas criadas em cativeiro. Esta infecção pode causar quadros graves de diarreia, perda de peso, apatia, timpanismo, alterações no pelame e imunossupressão, além de ter potencial zoonótico. Objetivo: verificar a presença de cistos de Giardia spp. em chinchilas criadas em cativeiro na Grande São Paulo. Materiais e métodos: A pesquisa consiste na análise de cem amostras fecais de chinchilas para pesquisa por cistos de Giardia spp. A primeira etapa da pesquisa consistiu em um questionário direcionado a tutores e criadores comerciais de chinchilas para avaliação de dados sobre o animal e seu manejo. Com os dados obtidos, foram escolhidas aleatoriamente quarenta e cinco chinchilas de um criador comercial para coleta e análise das amostras fecais. A coleta foi realizada individualmente e as amostras foram acondicionadas em frasco plástico até seu processamento no Laboratório de Parasitologia e Patologia Animal do Hospital Veterinário da Universidade de Guarulhos. As amostras foram subdivididas em grupos de acordo com a faixa etária do animal. Cada amostra foi identificada e classificada de acordo com a consistência, formato, coloração, tamanho e presença de sangue ou muco. O exame coproparasitológico realizado foi o Sheather modificado. Resultados: Após a análise do exame coproparasitológico das 45 amostras observou-se que a frequência de infecção por Giardia spp. em chinchilas foi de 8,89%. Deste número, nota-se que a maioria dos casos positivos ocorreu em fêmeas (6,67%), com faixa etária superior a quatro anos. Em todos os casos positivos houveram alterações na análise fecal (consistência pastosas, com presença de muco, tamanho aumentado e formato oval). Nenhum animal apresentou sinais clínicos da doença. Em relação ao manejo, todos os animais avaliados eram criados em gaiolas, com alimentação a base de ração comercial extrusada e feno de alfafa e não possuíam contactantes. A análise estatística através do Teste de Fisher não apresentou significância em relação a predisposição sexual (p= 0,027). Conclusão: Embora o estudo ainda não esteja concluído, a prevalência encontrada até o momento para a Grande São Paulo corresponde a encontrada por Gurgel et al. (2005) em seu estudo no Rio Grande do Sul. A ausência de sinais clínicos na infecção em animais adultos já é esperada pela maior imunidade destes animais. Devido a esta prevalência de animais assintomático é necessário maior prevenção da doença.

Palavras-chave


Chinchilla lanigera, Giardia spp., frequência, parasitas.

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