F-ACTINA ESTÁ ACUMULADA NO ESTOMA E NA VULVA DE STRONGYLOIDES VENEZUELENSIS

Ana Lucia R. Gonçalves, Claudio V. Silva, Lilian Cruz, Mario C. Cruz, Marlene T. Ueta, Maria R.F. Gonçalves, Julia M. Costa-Cruz, Renato A. Mortara

Resumo


Pouco se sabe sobre a distribuição ultraestrutural dos componentes do citoesqueleto das espécies de Strongyloides. Dentre as proteínas, estão presentes os microtúbulos, os filamentos intermediários e os filamentos de actina, estes regulando a dinâmica da motilidade celular, morfologia e tráfego intracelular. Neste estudo, demonstrou-se pela primeira vez o acúmulo de F actina na vulva e no estoma de fêmeas e de larvas infectantes de Strongyloides venezuelensis. Para tanto, camundongos C57Bl/6 experimentalmente infectados foram sacrificados após anestesia e as fêmeas recuperadas do intestino delgado no dia 5 pós infecção. As larvas foram obtidas de cultura de fezes obtidas de amostras fecais de camundongos experimentalmente infectados. Para a detecção dos filamentos de actina, as fêmeas e as larvas foram fixadas com formaldeído, lavadas por centrifugação com PBS e mantidas em PGN (tampão salino com gelatina) até o momento do uso. Após, foram centrifugadas para a retirada do sobrenadante e o pellet ressuspendido e incubado com a solução de bloqueio/ permeabilizante (PBS, gelatina, NP40, NaN3 e PGN-NP40). Em seguida, foram incubadas com outra solução de PGN-NP40 com faloidina-rodamina e DAPI (4´, 6-diamidino-2- phenylindole dihydrochloride) para marcar filamentos de actina e núcleo, respectivamente. As lâminas foram confeccionadas e a análise procedeu-se em sistema confocal Bio-Rad 1024UV acoplado ao microscópio Zeiss Axiovert 100 nos aumentos de 40 x 1.2 NA e 63 x 1.4 NA. As imagens foram processadas usando os softwares NIH-Image J e Adobe Photoshop 7.0. Os resultados demonstraram que F-actina se acumula na vulva e no estoma das fêmeas e no estoma de larvas de S. venezuelensis. A actina F concentrada nesses sítios específicos tem importante papel no ciclo de vida e durante a oviposição do parasito e possivelmente regula a secreção de proteínas importantes para a invasão e tráfego do parasito. Apoio: CAPES, CNPq e FAPEMIG.

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