CASOS DE PARASISTISMO EM ARANEAE NO MUNICIPIO DE GUARULHOS, SÃO PAULO

Carlos Lenadro Firmo

Resumo


Durante os onze anos de sua existência, o Grupo de Estudos em Arachnida (G.E.A) vem dedicando-se principalmente aos estudos de ecologia comportamental e diversidade de espécies de Arachnida da região do município de Guarulhos e suas adjacências. Contudo ao longo desses anos foi possível registrar alguns casos de parasitas e parasitóides em Araneae. Os casos descritos tratam-se de relatos observados em campo e no biotério de Arachnida do G.E.A. As observações em campo ocorreram durante a realização de projeto Riqueza de Espécies dos Núcleos Cabuçú e Engordador do Parque Estadual da Cantareira. Durante os trabalhos, foi possível observar 12 ocorrências de espécies da super família Lycosoidea sendo capturadas por vespas pertencentes a família Sphecidae. Foi possível acompanhar também quatro ocorrências de espécimes de Lycosa erythroghnatha Lucas, 1836 sendo devoradas por larvas de Diptera. Também durante esse período foram observados 25 casos de cleptoparasitismo em Nephila clavipes (Tetraghnathidae) por aranhas das famílias Theridiidae e Theridiosomatidae. Em 2009, seis exemplares de Mygalomorphae recém doados por munícipes e que se encontravam acondicionados no biotério do G.E.A. apresentaram infestações de Diptera endoparasitas. Um desses exemplares pertencia a espécie Acanthoscurria gomesiana Mello-Leitão, 1923 (Theraphosidae) e apresentava-se infestado por diversas larvas. Os outros cinco exemplares pertenciam a Actinopus sp. (Actinopodidae) e foram totalmente devorados após três dias. Certamente, os exemplares já chegaram infectados ao biotério, pois todos os terrários apresentam vedação contra a entrada de insetos. Estes dois casos representam o primeiro registro de parasitismo por Diptera endoparasitas para estas espécies de aranhas.

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