CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE EPIMASTIGOTAS DE TRYPANOSOMA CRUZI (CHAGAS, 1909) ISOLADOS DE RHODNIUS BRETHESI MATTA, 1919.

Juliana Damieli Nascimento, Aline Rimoldi, João A. Rosa

Resumo


Introdução: A ação patogênica do Trypanosoma cruzi no hospedeiro se deve a vários fatores, dentre eles as características morfológicas do agente. As formas delgadas, largas e intermediárias do parasito podem estar relacionadas com a patogenia da doença. A doença de Chagas causa cerca de 50.000 mortes ao ano, sendo estimado que desde o México até o sul da Argentina, existam 16 a 18 milhões de pessoas cronicamente infectadas e 100 milhões consideradas sob risco de adquirir a infecção. Objetivo: Caracterizar morfologicamente as formas epimastigotas do parasito T. cruzi. Material e Métodos: Foram realizados esfregaços obtidos por meio de compressão abdominal de exemplares de Rodnius brethesi coletados em Barcelos (AM) por ROSA et al (2008). Para a avaliação das características morfológicas, 30 parasitos foram estudados, levando-se em conta o comprimento total do corpo (CT), largura (LC) e índice nuclear (IN). Os parasitos foram fixados com metanol e corados pela técnica de Giemsa e posteriormente capturados e mensurados por meio do software Q-Win em analisador de imagem Leica Leitz DMRXE. Resultados: Pela análise morfométrica as formas epimastigotas da cepa R. B de T. cruzi mostraram os seguintes resultados: CT:27,7 / LC:1,42 / IN:0,26 (μm2). Estes parâmetros as caracterizam como intermediárias para comprimento total do corpo, largas para largura do corpo e baixo índice nuclear. As formas apresentaram características como corpo largo e longo, núcleo esférico, cinetoplasto em haste anterior ao núcleo e flagelo livre longo. Conclusões: Vários pesquisadores consideram que a morfologia do parasito T. cruzi influencia do decurso da infecção da doença de Chagas. Formas delgadas desapareceriam rapidamente na circulação para cumprir um ciclo intracelular, enquanto que as formas largas permaneceriam na circulação. Essas seriam menos infectantes e mais adaptadas ao desenvolvimento nos hospedeiros. Desse modo, os resultados evidenciam o predomínio de formas largas, estando o parasito adaptado ao hospedeiro.

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