COMPARAÇÃO ENTRE O KIT COMERCIAL PARATEST® E O MÉTODO DE CENTRÍFUGO-SEDIMENTAÇÃO EM FORMALINA ACETATO DE ETILA

Resumo

No Brasil e nos demais países em desenvolvimento a freqüência de parasitoses intestinais ainda se mantêm elevada, sendo que a manutenção desses parasitos na população pode ser resultante do processo interativo entre o agente etiológico, o meio ambiente e o hospedeiro humano. Atualmente o diagnóstico coproparasitológico pode ser realizado com o uso de kits comerciais, que buscam minimizar o contato humano com o material biológico, reduzir o descarte de material de consumo, eliminar os odores e conservar as fezes. Em função disso, o objetivo do presente estudo foi comparar os resultados coproparasitológicos obtidos com o uso do kit Paratest® com o Método de Centrífugo- Sedimentação em Formalina Acetato de Etila (Ritchie modificado). Para a realização do experimento foram utilizadas amostras fecais resultantes de resíduos de material biológico de estudos anteriores que seriam descartados no Laboratório de Parasitologia da Universidade de Taubaté. As fezes selecionadas foram divididas em duas alíquotas, sendo que, a primeira parte foi separada para processamento imediato pelo método de Ritchie modificado e a segunda permaneceu conservada no frasco coletor de Paratest® para posterior processamento. Das 95 amostras analisadas 55 (57,90%) apresentaram formas evolutivas de helmintos ou protozoários e destas 09 (16,36%) eram de helmintos e 48 (87,0%) de protozoários. Os helmintos e protozoários patogênicos diagnosticados foram respectivamente: Ascaris lumbricoides, Ancylostomatidae, Enterobius vermicularis, Strongyloides stercoralis, Taenia sp., Trichuris trichiura e Giardia duodenalis. Os resultados obtidos revelaram maior sensibilidade na detecção de formas parasitárias quando utilizamos o Paratest®, visto que, com o uso de Paratest® a positividade observada foi de 98,1% enquanto que para o método de Ritchie modificado a positividade obtida foi de 70,9%.