DETECÇÃO DE OVOS DE ASCARIS SSP EM SOLO DE COMUNIDADES RIBEIRINHAS NA RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL MAMIRAUÁ DO ESTADO DO AMAZONAS (BR)

Jeferson Gaspar dos Santos, Silvana Audra Cutolo, Leandro Luiz Giatti, Cleidenice Barbosa, Thailla Santana Sousa, Carolina Martins, Edila Moura

Resumo


A propagação das parasitoses intestinais está diretamente relacionada às condições socioeconômicas, culturais e ambientais da população. A ingestão de oocistos, cistos ou ovos de parasitos constitui uma rota de transmissão e produção de doenças no homem. Os helmintos transmitidos por solos são infecções endêmicas em países em desenvolvimento, considerados um importante problema de saúde pública em comunidades amazônicas. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (RDSM), no Estado do Amazonas é a maior unidade de conservação brasileira formada por florestas alagáveis. Um ecossistema de várzea amazônica com área de 1.124.000 ha, as margens do rio Solimões. O objetivo principal do presente trabalho foi determinar a presença de ovos de helmintos nos solos e caracterizar os riscos epidemiológicos trazidos à população exposta aos parasitos intestinais de 04 comunidades ribeirinhas na RDSM (AM). Foram coletadas 58 amostras de solo em áreas peridomiciliares distribuídas nas Vilas Novo Viola; Nova Colômbia, Alencar, Maguary pertencentes à RDSM com uma população estimada em 357 habitantes. As amostras de solo foram analisadas qualitativamente através da técnica de flotação em solução saturada de cloreto de sódio (d=1,200) para identificação dos ovos de helmintos e quantitativamente por meio da técnica de flotação com solução de sulfato de zinco (d=1.2). Nas amostras de solo analisadas foram encontrados 43% de ovos de Ascaris spp na Vila Alencar, 85% na Vila Nova Colômbia, 78% Vila Maguary e 67% na Vila Novo Viola observando-se a prevalência deste parasito em todas as amostras. Outros parasitos foram detectados e quantificados como Toxocara spp, ancilostomídeo (ovos e larvas) e Trichuris spp elevando o risco de transmissão de parasitoses através do solo contaminado por excretas ao seres humanos. A ausência de saneamento e de práticas de higiene favorece a dispersão desses agentes no ambiente, assegurando a continuidade da relação parasito hospedeiro.

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