ENTEROPARASITOSES EM ESCOLARES DE COMUNIDADE QUILOMBOLA DO MUNICÍPIO DE SÃO MATEUS/ES

Willian Feliciano Jorge, Nilvana do Nascimento Souza, Sabrina Bernadino Teodoro, Marciana Dias de Souza, Edvan dos Santos Oliveira, Schayra Minine Damazio, Aparecida Rios Soares, Marco Antonio Andrade de Souza, Marcela de Souza Lima

Resumo


INTRODUÇÃO:
No Brasil, assim como nos demais países em desenvolvimento, as enteroparasitoses estão amplamente distribuídas, variando conforme as condições de saneamento básico, nível sócio-econômico, grau de escolaridade, idade e hábitos de higiene dos indivíduos. As crianças em idade escolar representam um importante grupo de risco à infecção devido a maior suscetibilidade e maior grau de exposição às fontes primárias. Nelas, além das agressões diretas, os parasitas podem causar déficit no estado nutricional, no crescimento e na função cognitiva.
OBJETIVOS:
A presente pesquisa teve por objetivo determinar a prevalência de parasitoses intestinais em escolares do Bairro Santa Maria, Comunidade Quilombola, localizada na zona rural do Município de São Mateus (ES). MATERIAIS E MÉTODOS:
No período entre agosto de 2009 e abril de 2010, foram examinados 147 estudantes, com idade entre 6 e 20 anos, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Córrego de Santa Maria. Para cada indivíduo foi analisada uma única amostra de fezes pela técnica de sedimentação espontânea (HPJ).
RESULTADOS:
Das amostras analisadas, 51,0% revelaram-se positivas, com maior ocorrência em indivíduos do sexo feminino (56,0%) quando comparado ao sexo masculino (45,8%). A prevalência específica variou entre as diversas espécies: Entamoeba coli (48,0%), Ancilostomídeo (28,0%), Entamoeba histolytica e/ou Entamoeba dispar (18,7%), Giardia lamblia (14,7%), Endolimax nana (14,7%), Ascaris lumbricoides (5,3%), Trichuris trichiura (5,3%), Strongyloides stercoralis (4,0%), Enterobius vermiculares (2,7%), Hymenolepis nana (1,3%) e Iodamoeba butschlii (1,3%). A associação entre dois agentes ocorreu em 32,0% dos casos e entre três ou mais em 5,3%. A associação mais freqüente envolveu E. coli e E. histolytica/dispar, com oito ocorrências. CONCLUSÃO. A elevada prevalência de parasitos encontrada sugere precárias condições de vida da comunidade e indica a necessidade de programas voltados à eliminação das fontes de infecção e não somente ao diagnóstico e tratamento dos escolares.
Apoio: DECIT/SCTIE/MS, CNPq, FAPES, SESA, UFES.

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