PARASITOSES INTESTINAIS EM CRECHES MUNICIPAIS DE SÃO MATEUS/ES

Schayra Minine Damazio, Marcela de Souza Lima, Aparecida Rios Soares, Marco Antonio Andrade de Souza

Resumo


INTRODUÇÃO:
As enteroparasitoses estão diretamente relacionadas às condições sanitárias e constituem um importante problema de saúde pública, sendo as crianças um grupo de grande relevância no processo de transmissão das doenças parasitárias, especialmente as institucionalizadas em creches.
OBJETIVOS:
O presente estudo teve como objetivo conhecer a prevalência de enteroparasitas em alunos freqüentadores de três creches públicas da zona urbana do município de São Mateus, Norte do Estado do Espírito Santo.
MATERIAIS E MÉTODOS:
A pesquisa, desenvolvida no período de fevereiro a abril de 2010, envolveu a aplicação do método coproparasitológico de investigação. Foram examinadas 154 crianças de ambos os sexos, com faixa etária compreendida entre 1 e 6 anos, sendo coletada uma amostra de fezes de cada criança em coletores plásticos universais, sem conservantes e processadas segundo o método de Sedimentação Espontânea (HPJ). O critério para a inclusão dos indivíduos na pesquisa foi a concordância da família, por meio de participação voluntária, com assinatura de um termo de consentimento
RESULTADOS:
Constatou-se uma prevalência de 42,9% de indivíduos parasitados, sendo encontradas as seguintes taxas: Giardia lamblia (53,0%), Entamoeba coli (30,3%), Entamoeba histolytica e/ou Entamoeba dispar (18,2%), Ascaris lumbricoides (15,2%), Endolimax nana (7,6%), Trichuris trichiura (6,1%), Ancilostomídeo (4,5%) e Hymenolepis nana (1,5%). A infecção por um agente foi evidenciada em 69,7% dos casos. O poliparasitismo ocorreu em 20 crianças, sendo observada a associação entre dois agentes em 22,7% e entre três agentes em 7,6% das crianças. A associação mais frequente ocorreu entre Entamoeba coli e Entamoeba histolytica e/ou Entamoeba dispar (onze casos). CONCLUSÃO:
A elevada prevalência de parasitos, com destaque para G. lamblia, indica a necessidade de melhoria das condições higiênico-sanitárias e de implantação de projetos de educação sanitária que tenham como objetivos a prevenção e a melhoria da qualidade de vida da população estudada. Apoio: DECIT/SCTIE/MS, CNPq, FAPES, SESA, PIIC-UFES.

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