PARASITOSES DA BAIXADA OCIDENTAL MARANHENSE

Yrla Nivea Oliveira Pereira, Celso Afonso Veloso, Paulo Artur Costa, Maria de Jesus Camara Mineiro, Tereza Cristina Silva

Resumo


A distribuição geográfica das parasitoses tem vários fatores intervenientes: presença de hospedeiros susceptíveis apropriados, migrações humanas, condições ambientais favoráveis e potencial biótico elevado. Além disso, maior densidade populacional, deficiência de princípios higiênicos, baixas condições de vida e ignorância favorecem a disseminação e podem elevar a incidência das parasitoses em determinadas regiões. Nos anos anteriores a 1970, as parasitoses eram típicas de ambiente rural, hoje também são urbanas e periurbanas, caracterizando-se como endemias. Assim, o objetivo deste estudo foi determinar a incidência de esquistossomose e das parasitoses por nematódeos, no período de 2006 a 2009 nos municípios da Baixada Ocidental maranhense. Os municípios apresentam vegetação de campos que formam várzeas no período das chuvas e por terrenos altos cobertos de capoeira. Os dados foram coletados nos arquivos das secretarias de saúde dos municípios de Pinheiro, Santo Bento e Turiaçu. Foram registrados 1.589 casos de esquistossomose, sendo que a maioria atingida era do sexo masculino (91%), pescador (36%) e com idade entre 20 e 50 anos (58%). Já quanto aos nematódeos intestinais foram diagnosticados 4.201 casos, sendo 54,5% para Ascaris, 19,9% Ancilostomídeos, 3,8% Trichuris trichiura, 2,2% Enterobius vermicularis e 19,5% para outros parasitas. A população mais atingida tinha de 0 a 10 anos (30,2%). Com relação à esquistossomose, percebe-se claramente que se trata de uma doença ocupacional nesta região do Maranhão devido aos campos e lagos que servem como fonte de alimento e sustento. Já a alta prevalência de ascaridíase é um indicativo de saneamento básico inadequado. Os pontos focais de luta contra as parasitoses são determinados pelas diferentes vias de disseminação e os mecanismos de transmissão, ou seja, envolve o destino adequado dos dejetos, a porta de entrada e a ingestão passiva ou penetração ativa das formas infectantes quando o individuo entra em contato com o ambiente infectado.

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