EFEITO LARVICIDA DE ACARICIDAS COMERCIAIS NO CONTROLE "IN VITRO" DO RHIPICEPHALUS SANGUINEUS UTILIZANDO-SE A TÉCNICA DE PIPETA DE PAUSTER IMPREGNADA

Ives Charlie da Silva, Luciano Melo de Souza, Vando Edesio Soares, Marco Antonio Andrade Belo, Ana Carolina Galassi Torrente, Jacqueline da Silva, Vanessa Pavesi de Faria, Fernanda Camila Faria Duarte

Resumo


O uso inadequado de antiparasitários, administrados indiscriminadamente sob formas e dosagens variadas, gera ineficácia dos compostos, intoxicações dos cães e dos seres humanos. Propôs-se testar in vitro a atividade larvicida da: Cipermetrina 15%(T1); Deltametrina 25%(T2); associação de Cipermetrina 5%+Diclorvós45%+Butóxido de piperolina 25%(T3); associação de Cipermetrina15%+ Clorpiriphos25%+Citronel a 1%(T4); Amitraz 12,5%(T5) e Controle tratado com água destilada (T6), utilizando-se a técnica da pipeta de Pasteur impregnada. Foram testadas dosagens prescritas pelos fabricantes para os diferentes fármacos. Previamente, ao desafio as pipetas foram impregnadas por imersão em solução contendo os acaricidas devidamente diluídos. Após secagem das mesmas, larvas foram selecionadas de acordo com a vitalidade e motilidade e foram aspiradas com bomba vácuo para o interior das pipetas, sendo mantidas em estufas tipo B.O.D. Em cada tratamento foram feitas três repetições contendo 20 larvas cada. As observações da motilidade larvar foram realizadas: 1, 5, 10, 20, 30, 60, e 120 após o tratamento, objetivando verificar a sensibilidade das larvas aos diferentes fármacos e posteriormente, a cada seis horas até completarem 24 horas após tratamento. Constatou-se aos 60 100% de mortalidade das larvas submetidas ao tratamento T5, e o mesmo efeito nos grupos T1, T2 foi observado entre 60 e 120. Já o grupo T4 após só mostrou mortalidade de 100% após 120. Nas avaliações subseqüentes até 24 horas, não se observou motilidade larvar, confirmando a morte das mesmas em todos os grupos exceto o controle (T6) que se mantiveram vivas e com motilidade normal. Os achados revelam efeito letal mais rápido sobre nas larvas submetidas ao tratamento com amitraz (12,5%) quando comparadas ao efeito larvicida do piretróide Cipermetrina (15%) e das associações de cipermetrina com organofosforados. Apesar das diferenças no efeito larvicida, no decorrer dos tempos observacionais obteve-se eficácia de 100% para todos os produtos testados após 120 do tratamento, mostrando-se que, sobre larvas desta espécie de ácaro, quando utilizados em doses certas, os produtos comerciais testados foram eficazes.

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