AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA DE EXTRATOS DE Arrabidaea brachypoda

Resumo

Introdução: A leishmaniose é uma doença que afeta aproximadamente 12 milhões de pessoas no mundo. Seu tratamento é feito à base de antimoniais pentavalentes, anfotericina B e pentamidinas, os quais apresentam efeitos adversos tais como alterações cardíacas, renais, pancreáticas e hepáticas. Tendo em vista a ampla diversidade da flora brasileira, a magnitude da doença e os problemas relacionados com seu tratamento o presente trabalho tem como proposta a avaliação do efeito leishmanicida in vitro de extratos e compostos extraídos de Arrabidaea brachypoda. Metodologia: A obtenção dos extratos Etanólicos do Caule (EEC) e da Raíz (EER); Hexânico da Folha (EHF); além do Clorofórmico da Raíz (ECR) e a molécula CF-5 foi realizada no Laboratório de Fitoquímica da Unifal-MG. As formas promastigotas de Leishmania amazonensis (M2269) foram coletadas do meio de cultura Schneider suplementado com 10% de soro bovino fetal (SBF), na fase logarítmica e plaqueadas à razão de 106 células/1000 μL de meio em uma placa de 24 poços, com variadas concentrações das drogas. Após 72 h, o crescimento foi avaliado através da contagem em câmara de Newbauer. Os resultados foram mostrados em porcentagem de inibição em relação ao controle (poços sem adição de droga) e a partir destes, calculado o IC50 por regressão linear. Resultados: De maneira geral todos os extratos apresentaram significante atividade leishmanicida, sendo os valores de IC50 para EER, ECR, EEC, EHF e CF-5: 24,70μg/mL; 10,57μg/mL; 20,57μg/mL; 10,157μg/mL e 12,337μg/mL, respectivamente. Portanto, os extratos possuem atividade leishmanicida e podem fornecer moléculas para novos medicamentos, sendo necessários futuros estudos da citotoxicidade e efeito nas formas amastigotas do parasito.