AVALIAÇÃO DO EFEITO IN VITRO DE FRAÇÕES OBTIDAS DO EXTRATO ETANÓLICO DE Phyllanthus amarus L. SOBRE Schistosoma mansoni LINHAGEM BH

Resumo

No Brasil cerca de 8 milhões de pessoas estão infectadas com o Schistosoma mansoni, o tratamento tem como fármaco de escolha o praziquantel, mas o uso extensivo e inapropriado de altas dosagens tem resultado em tolerância e resistência, causando ameaça ao controle da infecção, por isso formas alternativas de combate à esquistossomose, como o uso de plantas medicinais vem sendo testadas. Phyllanthus amarus (quebra-pedra) é uma planta medicinal que é estudada e utilizada para o tratamento de doenças hepáticas, urogenitais e parasitoses intestinais. O estudo avaliou o efeito de duas frações obtidas do extrato etanólico de P. amarus na sobrevivência dos vermes adultos de S. mansoni e sua produção de ovos durante o cultivo in vitro. Os casais dos vermes foram coletados de camundongos Swiss e colocados um casal em cada well contendo o meio de cultura RPMI e a fração 1 ou 2. Testou-se 4 concentrações (C1= 0,2mg/mL; C2= 0,1mg/mL; C3= 0,05mg/mL e C4= 0,025mg/mL), além do grupo Controle onde havia apenas o meio de cultura. Em seguida, os vermes foram incubados a 37ºC e 5% de CO2, sendo estes observados por um período de até 72 horas. Os estudos revelaram que as duas frações na concentração de 0,2mg/mL apresentaram efeito esquistossomicida sobre os vermes, provocando a morte de 100% deles em 24 horas de incubação. Para a C2, a morte dos vermes (mais de 50%) foi significante a partir das 48 horas de incubação, as C3 e C4 não demonstraram ação sobre os vermes, permanecendo mais de 70% dos vermes vivos. Os vermes que receberam as concentrações C1 e C2 não ovipuseram, enquanto àqueles que receberam as concentrações C3, C4 e o grupo controle apresentaram oviposição para as duas frações testadas. Sendo assim, essas frações podem conter possíveis substâncias que poderão ser utilizadas no tratamento de esquistossomose mansônica.