EFICÁCIA ANTI-HELMÍNTICA DE SULFÓXIDO DE ALBENDAZOL USO INJETÁVEL EM OVINOS DO MUNICÍPIO DE DESCALVADO/SP

Fernanda Camila Faria Duarte, Ives Charlie da Silva, Andressa Esteves, Renata Alonso, Shelley Storani, Marco Antonio de Andrade Belo, Luciano Mello de Souza, Vando Edesio Soares

Resumo


A resistência aos anti-helmínticos é um problema em regiões em que os helmintos encontram condições favoráveis para o seu desenvolvimento, principalmente em propriedades que tem como eleição apenas o método preventivo e curativo com fármacos levando ao um quadro de resistência helmíntica. O presente estudo objetivou avaliar a sensibilidade de estirpes de helmintos ao princípio ativo sulfóxido de albendazol, via subcutânea, na dose de 10mg/kg de peso corpóreo. De um rebanho de 89 cabeças de ovinos, pertencentes ao centro experimental da Universidade Camilo Castelo Branco, campus Descalvado, com idade variando de 3 a 52 meses, sorteou-se 20 ovinos naturalmente infectados por estrongilideos, alocados em dois grupos: G1: Controle (animais tratados com solução fisiológica) e G2: (animais tratados com sulfóxido de albendazol). Para a formação dos grupos foram efetuadas duas amostragens de fezes, anteriores ao tratamento, coletadas diretamente da ampola retal dos ovinos, aferindo a média do dia 0 e, posteriormente a administração do fármaco e foram colhidas fezes após o tratamento (dias 4, 8, 15 e 21), e encaminhadas ao laboratório de parasitologia da UNICASTELO para as contagens de ovos por grama de fezes (OPG) pelo método de Gordon e Whitlock modificado (OPG). Os dados das contagens de OPGs, foram transformados em log(x+1) e analisados em um delineamento inteiramente casualizado, e as médias foram confrontadas pelo teste F ao nível de 95% de confiança. As contagens de OPGs do grupo controle permaneceram superiores a 1150 (média aritmética) durante todo o período experimental. As reduções médias de OPGs no grupo tratado proporcionaram eficácias inferiores a 95% em todas as datas experimentais, o que evidenciou uma diferença significativa (P<0,01) apenas no oitavo dia após-tratamento em relação ao grupo controle. Tais resultados indicam que o fármaco supracitado não apresenta ação anti-helmíntica sobre as estirpes de nematódeos intestinais desafiadas neste estudo.

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