EFICÁCIA ANTI-HELMÍNTICA DE CLORIDRATO DE LEVAMISOL (7,5%) VIA SUBCUTÂNEA, EM OVINOS DO MUNICÍPIO DE DESCALVADO/SP

Fernanda Camila Faria Duarte, Ives Charlie da Silva, Andressa Esteves, Renata Alonso, Shelley Storani, Marco Antonio de Andrade Belo, Luciano Melo de Souza, Vando Edesio Soares

Resumo


Os helmintos gastrintestinais dos ovinos causam enfermidades que levam à redução de produtividade, aumento de mortalidade e perdas econômicas. A forma mais usada para o controle destes parasitos tem sido com o uso dos anti-helmínticos, muitas vezes em dose e forma inadequadas o que promove seleção de resistência dos helmintos aos produtos. O presente estudo objetivou avaliar a sensibilidade de estirpes de helmintos ao princípio ativo cloridrato levamisol 7,5%, via subcutânea, na dose de 0,003mg/kg de peso corpóreo. De um rebanho de 89 cabeças de ovinos, pertencentes ao centro experimental da Universidade Camilo Castelo Branco, campus Descalvado, com idade variando de 3 a 52 meses, sorteou-se 20 ovinos naturalmente infectados por estrongilideos, alocados em dois grupos: G1: Controle (animais tratados com solução fisiológica) e G2: (animais tratados com sulfóxido de albendazol ). Para a formação dos grupos foram efetuadas duas amostragens de fezes, anteriores ao tratamento, coletadas diretamente da ampola retal dos ovinos, aferindo a média do dia 0 e, posteriormente a administração do fármaco e foram colhidas fezes após o tratamento (dias 4, 8, 15 e 21), e encaminhadas ao laboratório de parasitologia da UNICASTELO para as contagens de ovos por grama de fezes (OPG) pelo método de Gordon e Whitlock modificado (OPG). Os dados das contagens de OPGs, foram transformados em log(x+1) e analisados em um delineamento inteiramente casualizado, e as médias foram confrontadas pelo teste F ao nível de 95% de confiança. As contagens de OPGs do grupo controle permaneceram superiores a 1130 (média aritmética) durante todo o período experimental. As reduções médias de OPGs no grupo tratado proporcionaram eficácias superiores a 95% em todas as datas experimentais, o que evidenciou uma diferença significativa (P<0,01) apenas no dia 4º 8º e 15º após-tratamento em relação ao grupo controle. Tal resultado permite concluir que o fármaco supracitado apresenta ação anti-helmíntica sobre as estirpes desafiadas e que deve ser utilizado apenas no controle preventivo dos animais.

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