EFICÁCIA ANTI-HELMÍNTICA DE MOXIDECTINA VIA SUBCUTÂNEA, EM OVINOS DO MUNICÍPIO DE DESCALVADO, ESTADO DE SÃO PAULO

Fernanda Camila Faria Duarte, Ives Charlie da Silva, Lucas Gomes, João Talamoni, Lucas Cacheta, Marco Antonio de Andrade Belo, Luciano Mello de Souza, Vando Edésio Soares

Resumo


O controle preventivo e curativo, com fármacos endectocidas, é o método de eleição na quase totalidade das propriedades que exploram ovinocultura, o que tem proporcionado uma pressão de seleção sobre as estirpes de estrongilídeos, principalmente sobre o Haemonchus contortus, o que tem corroborado para a resistência e eliminação da refugia, desenhando um quadro, em determinadas propriedade, de inviabilização da atividade. Com o pressuposto acima, construiu-se um ensaio para avaliar a sensibilidade dos helmintos parasitos de ovinos ao princípio ativo moxidectina, via subcutânea, na dose de 0,2mg/kg de peso corpóreo. Selecionou-se 20 fêmeas naturalmente infectadas por estrongilideos, pelo método de Gordon e Whitlock modificado (ovos por gramas de fezes - OPG), em final de aleitamento, do rebanho pertencente ao centro experimental da Universidade Camilo Castelo Branco, campus Descalvado, as quais, foram alocadas em dois grupos: G1: Controle (animais tratados com solução fisiológica) e G2: (animais tratados com moxidectina). Amostragens de fezes, anteriores e posteriores ao tratamento (dias 0, 4, 8, 15 e 21), foram coletadas diretamente da ampola retal dos ovinos para obtenção das estatísticas parasitológicas. Os dados das contagens de OPGs, foram transformados em log(x+1) e analisados em um delineamento inteiramente casualizado, e as médias foram confrontadas pelo teste F ao nível de 95% de confiança. As contagens de OPGs do grupo controle permaneceram superiores a 1130 (média aritmética) durante todo o período experimental. As contagens médias de OPGs permaneceram acima 1130 no grupo controle (dia 15 pós-tratamento) e não foram inferiores a 365 nos ruminantes tratados com a lactona macrociclica no oitavo dia pós-tratamento, sendo a única data a evidenciar diferença estatística (P<0,01) em relação ao grupo não tratado, o que gerou níveis de eficácia de 80 e 89% (médias geométricas), dias quatro e oito pós-tratamento, respectivamente, e nas demais datas foram iguais a zero. As estatísticas geradas levam a um quadro de inviabilização da utilização da moxidectina no controle de helmintos parasitos de ovinos na propriedade avaliada.

Texto completo:

PDF


1) UnG - Universidade Guarulhos 2) Indexador: Latindex 3) Indexador: Dialnet