AVALIAÇÃO DA AÇÃO ANTI-HELMÍNTICA DA IVERMECTINA, VIA SUBCUTÂNEA, EM UM REBANHO OVINO LOCADO NO MUNICÍPIO DE DESCALVADO, SP

Resumo

Entre os métodos de predileção no controle da verminose gastrintestinal em ovinos os produtos químicos são o mais empregado. Porém, tal procedimento tem selecionado populações de helmintos resistentes aos anti-helmínticos, além da eliminação das estirpes helmínticas sensíveis aos fármacos. O presente estudo visou avaliar a sensibilidade de estirpes de helmintos ao princípio ativo ivermectina a 1% , via subcutânea, na dose de 1mg/kg de peso corpóreo. De um rebanho de ovinos pertencentes ao centro experimental da Universidade Camilo Castelo Branco, campus Descalvado, sorteou-se 20 ovinos naturalmente infectados por estrongilideos, alocados em dois grupos: G1: Controle (animais tratados com solução fisiológica) e G2: (animais tratados com moxidectina). Para a formação dos grupos foram efetuadas duas amostragens de fezes, anteriores ao tratamento, coletadas diretamente da ampola retal dos ovinos, aferindo a média do dia 0 e, posteriormente a administração do fármaco e foram colhidas fezes após o tratamento (dias 4, 8, 15 e 21), e encaminhadas ao laboratório de parasitologia da UNICASTELO para as contagens de ovos por grama de fezes (OPG) pelo método de Gordon e Whitlock modificado (OPG). Os dados das contagens de OPGs, foram transformados em log(x+1) e analisados em um delineamento inteiramente ao acaso, e as médias foram confrontadas pelo teste F ao nível de 95% de confiança. As contagens de OPGs dos grupos experimentais geram médias que não diferiram significativamente (P≥0,05) em nenhuma data experimental, gerando níveis de eficácias de 30%, 82%, dias 4 e 8 DPT e nas demais datas o fármaco foi totalmente ineficaz, permitindo inferir que tal formulação não apresenta propriedade de prevenção ou controle de nematóides parasitos na criação avaliada.